domingo, 28 de abril de 2013

Autárquicas dividem CDS/PP em Braga

As eleições autárquicas, ou talvez o que lhe está subjacente, tiveram como primeira consequência a divisão interna do CDS/PP em Braga.
Nomeadamente, o chumbo da indigitação do actual presidente da concelhia de Braga, para número dois da lista da coligação Juntos Por Braga. Bem como de qualquer pessoa da actual concelhia. Excepto o presidente da JP, que faz parte da concelhia por inerência do cargo. Mas que na sua eleição não teve o apoio da concelhia do CDS/PP ou do seu presidente.

Nos nomes indigitados para as próximas eleições autárquicas, desaparece o do actual vereador do CDS/PP, Manuel Mexia Rocha, não consta nenhum membro da concelhia e, surpresa das surpresas, o número dois da lista de vereadores da coligação, e o primeiro nome do CDS/PP indigitado por acordo com o restantes partidos, é uma pessoa que não é de Braga, não vive em Braga nem trabalha em Braga.
Ou seja, o melhor que o CDS/PP de Braga conseguiu para representar os seus militantes e os bracarenses eleitores do CDS/PP, foi uma pessoa que não é de Braga. Nem nunca foi a votos na concelhia de Braga.

Não se trata de julgar a pessoa em questão, as suas capacidades politicas e/ou profissionais. Apesar do nome indigitado ser actualmente deputado do CDS/PP pelo distrito de Braga e der ser o actual presidente da distrital de Braga do CDS/PP.

As eleições autárquicas são por definição eleições locais. E por muito que os partidos se esforcem por ter nomes sonantes a representar os principias círculos eleitorais do país, muitas vezes, também eles outsiders, isso não faz do facto uma normalidade. Neste caso, no de Braga, o CDS/PP indigita, segundo o acordo tri-partido, o número dois, o número seis e número nove da lista da coligação Juntos por Braga. Para cumprir as quotas de representantes femininos, o CDS/PP nomeia dois homens e uma mulher, ou seja, segundo é um homem, o sexto uma mulher e o nono outro homem.

Como militante do CDS/PP e como eleitor em Braga, não me revejo de todo na representação do meu partido nas listas da coligação Juntos por Braga, o que me causa desde já uma incompatibilidade, entre o desejo de ver a coligação gerir os destinos de Braga e o meu voto no CDS/PP.
Espero ser o único, para bem de Braga. Sei que não passo de uma opinião, de um voto. Mas por um voto se ganha e por um voto se perde.

Esta é, provavelmente, a única vez nos próximos 12 anos, em que a coligação Juntos por Braga terá a oportunidade de conquistar a câmara de Braga.

Fico também a aguardar que a actual concelhia de Braga tire as suas conclusões desta trapalhada politica, e que honre os militantes que a elegeram, esperando dela a representação do CDS/PP em Braga. Ao fim e ao cabo, o seu presidente foi preterido e derrotado na elaboração das listas de candidatos à vereação da câmara de Braga. Foi desautorizado ao ver a distrital nomear uma pessoa em vez de o apoiar. Perdeu a sua legitimidade. Vamos ver se perdeu a vergonha.



sexta-feira, 26 de abril de 2013

Presidentes de todos os portugueses?







In Blasfémias
por JCD
Ramalho Eanes, no seu segundo mandato, patrocinou a criação de um partido político da oposição ao governo de Mário Soares, partido esse que mais tarde fez cair o primeiro governo de Cavaco Silva.
Mário Soares, assim que conseguiu a reeleição, transformou-se no líder da oposição ao governo de Cavaco Silva, ao lado do PS.
Jorge Sampaio demitiu um governo suportado por uma maioria parlamentar para entregar o poder a um governo do seu partido que acabaria por nos levar à bancarrota.
Que saudades dos anteriores presidentes de todos os portugueses.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Então é só o Relvas, é?

Professor diz em tribunal que Sócrates não fez licenciatura

O antigo responsável pelos cursos de Engenharia da Universidade Independente (UnI) afirmou ao tribunal que julga um dos processos-crime relacionados com esta instituição que José Sócrates «não é engenheiro», mas sim «supostamente licenciado» em Engenharia Civil.
E contou como o próprio ex-reitor, Luís Arouca, lhe confessou que todo esse processo passou-se nas suas costas.

As declarações são de Eurico Calado, professor fundador da UnI e durante vários anos director da respectiva Faculdade de Ciências e Tecnologia, sendo o responsável pela estruturação dos respectivos cursos e currículos. Foi também o último reitor da universidade, na sua fase final, antes de encerrar por ordem do Ministério do Ensino Superior, em Outubro de 2007.

No passado dia 20, Eurico Calado esteve a depor como testemunha no julgamento de um dos processos da UnI: o que tem como arguida a juíza Isabel Magalhães, ex-mulher de Rui Verde (antigo vice-reitor da universidade), acusada de falsificação e de branqueamento de capitais por, alegadamente, ter pactuado e beneficiado de parte dos 6,7 milhões de euros desviados pelo ex-marido.

Daqui

sábado, 6 de abril de 2013

Pela voz de um insuspeito.

em Causa Nossa
por Vital Moreira

A decisão do Tribunal Constitucional sobre o orçamento não cria somente um grande problema ao Governo (o que seria o menos), mas também ao País (o que é bem mais complicado).


Desiluda-se quem julga que ganhou com esta decisão do TC (designadamente os funcionários públicos e pensionistas que recuperaram um mês de rendimento). Os efeitos desta decisão sobre a incapacidade do País de atingir as metas de consolidação orçamental e de regresso ao mercado da dívida só vai agravar e prolongar a fase de austeridade (mais cortes de despesa, mais impostos durante mais tempo). Isto sem contar com a possibilidade de uma crise politica, cujos custos financeiros podemos deduzir pelo que sucedeu na Grécia há um ano.
No final, todos os portugueses, incluindo os que agora festejam a decisão do TC, terão perdido bem mais de um mês adicional de rendimento por ano.


O Tribunal foi do 8 ao 80 quanto aos efeitos das inconstitucionalidades que declarou. No ano passado, afastando-se da jurisprudência estabelecida, neutralizou os efeitos da declaração de inconstitucionalidade, mantendo as normas em vigor até ao fim da sua vigência. Desta vez, afastando-se de novo da jurisprudência estabelecida, mas agora no sentido contrário, declarou a inconstitucionalidade com efeitos retroativos, obrigando o Estado a repor o dinheiro já cobrado!

segunda-feira, 1 de abril de 2013


Cuidado aos mais incautos. Hoje é dia de José Sócrates.