terça-feira, 24 de abril de 2012

Mesquita Machado concessiona ética e moral


por Francisco Peres Filipe Mota

Na passada sexta-feira, decorreu a Assembleia Municipal de Braga, onde mais uma vez o grupo municipal do CSD-PP demonstrou claras divergências políticas com o Partido Socialista. Para nós, é fundamental que os agentes políticos tenham, mais do que nunca, um sentido de solidariedade geracional nas políticas a adoptar, não podendo estar, constantemente, a hipotecar o nosso futuro, como se depois deles não houvesse mais nada. Este foi um dos argumentos políticos que afastou os jovens centristas da posição assumida pelo executivo socialista relativamente à concessão dos parquímetros.

Penso que será claro que o intuito desta posição por parte do Eng.º Mesquita Machado será única e exclusivamente para o amealhar de dinheiros que sustentem as obras megalómanas e eleitoralistas para 2013, significando isto que com o adiantar de cerca de 3milhões € estará a comprometer as gerações vindouras e a própria sustentabilidade dos recursos públicos da autarquia.

A defesa, através de uma intervenção política vigorosa relativamente a esta matéria fez com que o PS demonstrasse desespero nas contra-respostas ao CDS-PP. Pois será claro para qualquer bracarense que, rapidamente, a bancada socialista se esvaziou de um raciocínio claro e objectivo passando para a incoerência do discurso, bem como para o apontar de baterias em todas as áreas de intervenção da CMB, nomeadamente para as questões sociais.

Como Marcelino Pires, líder da bancada do PS, não estava a dar conta do recado, Mesquita Machado, presidente da Câmara Municipal de Braga, parte em seu auxílio, respondendo ao jovem autarca do CDS-PP de uma forma incomodada, ultrapassando os limites da discussão política.

Com efeito, no final da sua intervenção, o Eng.º Mesquita Machado referiu que o deputado municipal do CDS-PP, por experiência própria era conhecedor dos apoios prestados pela empresa municipal Bragahabit. Esta afirmação evidencia que o Eng.º Mesquita Machado, na falta de argumentos políticos, não hesita em recorrer ao ataque pessoal, colocando a nu a vida privada e as suas vicissitudes como arma de arremesso político.

Do ponto de vista ético e moral, o Eng.º Mesquita Machado ultrapassou todas as barreiras, demonstrando não ter qualquer pejo em usar e abusar do cargo que detém há mais de 36 anos, obtendo junto da Bragahabit, informações para o uso político, configurando assim um comportamento, de todo, inaceitável. Pois, na verdade, os beneficiários de ajudas socioeconómicas não são de acesso público e geral, constituindo uma informação de sigilo para os intervenientes.

O ainda líder do PS em Braga, demonstrou ainda descriminação sobre todos aqueles que são beneficiários de ajuda por parte do município, ou seja, com um ar petulante dirigiu-se a estes como sendo uma desonestidade, usufruir de um apoio que procura ser positivo na forma e no conteúdo.
Com isto quero dizer que, nada nem ninguém poderá impedir estas pessoas de subirem a pulso na vida através do mérito, da responsabilidade e da competência.

Mesquita Machado age, hoje, de uma forma ditatorial como sendo detentor da vida pública em Braga, senão vejamos, que nenhum órgão de comunicação social bracarense fez notícia deste comportamento reprovável do presidente da Câmara Municipal de Braga, passando ao de leve como se nada se tivesse passado.
Em suma, os bracarenses poderão ficar a saber que nada nem ninguém, muito menos Mesquita Machado, irá demover o CDS-PP de opinar e de apresentar alternativas na gestão do município

in Correio do Minho de 24 de Abril

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