segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Rebeldes líbios pedem continuidade de apoio da NATO

O Conselho Nacional de Transição (CNT) assume que Muamar Kadhafi ainda é perigoso e continua a ser uma ameaça para o país e para o Mundo. O órgão político dos rebeldes líbios recusa qualquer diálogo com Kadhafi e promete mesmo capturar o coronel. O controlo do aeroporto de Trípoli passou para as mãos dos rebeldes no fim-de-semana e as instalações são patrulhadas para evitar pilhagens.

O líder do CNT apelou à NATO para manter o seu apoio dizendo que, apesar de não ser visto há uma semana, “o desafio” de Kadhafi ainda é considerado “um perigo”.

“O desafio que Kadhafi representa para as forças da coligação constitui sempre um perigo, não apenas para o povo líbio mas para todo o mundo. É por isso que pedimos à coligação para continuar com o seu apoio”, declarou Moustapha Abdeljalil, em Doha, na abertura de um encontro dos chefes de Estado-maior dos países com envolvimento militar na Líbia.

Em Tripoli, o enviado da Antena 1 José Manuel Rosendo testemunhou que o regime não dá ainda tréguas no terreno, apesar do controlo dos rebeldes. O movimento ofereceu a amnistia e prometeu um milhão de euros de recompensa para quem capturar o líder líbio, vivo ou morto.

“Ainda precisamos (da ajuda da coligação) para restabelecer a segurança e eliminar as células adormecidas e os restos do regime de Kadhafi”, acrescentou o “ministro da Defesa” do movimento, Jalal al-Deghili.

No mesmo encontro, o representante da NATO prometeu dar continuidade à missão. “Acreditamos que o regime de Kadhafi está perto do colapso e estamos comprometidos a continuar com a operação até à sua conclusão”, disse o almirante Samuel Locklear, alertando para a perda de capacidade do regime no que respeita à organização de operações.

A intervenção militar na Líbia teve início a 19 de março, na sequência de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU. O fundamento é a proteção de civis face à repressão do regime do líder líbio durante uma revolta iniciada em meados de fevereiro.

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