terça-feira, 31 de maio de 2011

a agressividade

i: Ontem apelou à não crispação com o PS. Está já a pensar numa futura coligação?

Paulo Portas: Fui muito claro no que disse: que me preocupava com a agressividade do PS para com o PSD, porque quem vai a juízo nestas eleições é o PS. Também me preocupava a agressividade do PSD para com o CDS. É fazer de conta que o CDS não é importante para a constituição de uma maioria absoluta e de mudança. As coisas são muito claras: o CDS e o PSD têm de gerar uma maioria de mudança, portanto não vale a pena perderem exageradamente tempo um com o outro. Repare: eu só sou forçado a colocar os pontos nos is porque o PSD dia após dia parece empenhado em disputar mais votos connosco do que com os socialistas. E depois disso - porque evidentemente o PS vai perder as eleições como perdeu na Irlanda e na Grécia e como vai perder o primeiro-ministro espanhol - CDS e PSD têm de ter a noção que vai ser preciso fazer uma revisão constitucional. E haverá leis reforçadas para votar, que só podem ser votadas por dois terços. Portanto, o compromisso é obrigatório, não tem nada a ver com governo. Para cumprir o acordo de ajuda externa, a meu ver é preciso fazer uma revisão constitucional em alguns pontos e é necessário votar leis que implicam uma maioria de dois terços. E para mudar efectivamente o país em certas áreas, como a justiça e o endividamento, é preciso fazer uma revisão da Constituição. Isto implica CDS, PSD e PS.

http://www.ionline.pt/conteudo/127012-paulo-portas-os-meus-pais-diriam-que-este-e-o-meu-melhor-momento

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