terça-feira, 19 de abril de 2011

O que disse o CDS à troika?

O CDS-PP esteve esta manhã reunido com a troika do FMI, BCE e Comissão Europeia e quis sensibilizar a comitiva internacional responsável pelas negociações da ajuda a Portugal em três pontos: necessidade de travar o endividamento, de impulsionar o crescimento económico e de apoiar os mais pobres, designadamente os idosos.

Paulo Portas desvendou, numa declaração feita na Assembleia da República, desvendou o que o seu partido disse à troika, enumerando-os: «Primeiro, é preciso travar o endividamento - foi ele que nos trouxe a esta situação. Daí que para nós se torne inevitável e imediato parar com as obras públicas que agravam esse endividamento e renegociar as parcerias publico-privadas», as chamadas PPP.

O CDS também quis frisar, junto da delegação da troika, a necessidade de «medidas que estimulem o crescimento económico», porque sem ele «não há receita nem emprego. E é do próprio interesse dos credores que a economia cresça. Se ela crescer, Portugal consegue garantir que é capaz de solver compromissos».

Paulo Portas não esqueceu ainda de lembrar «a linha social de apoio àqueles que são mais pobres e vulneráveis, sobretudo os idosos, que já tem pensões muito baixas».

Numa indirecta para o PCP, BE e Os Verdes, o líder dos centristas disse ainda que «não falar com as instituições a quem estamos a pedir dinheiro não é uma posição construtiva».


Nada de querelas partidárias

Portas deixou a garantia de que o CDS «lutará pelo interesse nacional de Portugal e dos portugueses acima de qualquer outra matéria» e quer «se o nosso sistema bancário de que dependem empréstimos, depósitos, salários e poupanças» entra ou não em ruptura.

E, «porque estamos a pensar única e exclusivamente no interesse nacional, o CDS evitará qualquer confusão entre a negociação internacional (o Estado português já está numa posição difícil e vexatória) com campanha eleitoral em curso». «Teremos uma atitude contida e construtiva».

Governo, PR e PSD sabem do que falou o CDS

Nesse sentido, e «precisamente porque o que está em causa é defesa do interesse nacional, entendi que deveria informar o Governo, o Presidente da República e o PSD das posições que o CDS defendeu hoje nas reuniões. Quero com este sinal mostrar que para mim interesse de Portugal é muito mais importante do que lutas partidárias».

É que «já não basta que na situação em que o país está, o FMI tenha entrado em Portugal três vezes em 30 anos. Nesta circunstância, os partidos tem de mostrar humildade e envergadura».

Paulo Portas deixou ainda a garantia de que «no momento adequado, faremos avaliação do programa que estiver proposto».

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/
19.4.2011

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