domingo, 6 de fevereiro de 2011

Será Mesquita Machado o sucessor de Mesquita Machado?


Os tempos são de reboliço na definição das estratégias e dos trabalhos pré-eleitorais em que cada uma das maiores forças partidárias da cidade de Braga, que começam desde já a agitar as suas hostes em torno de candidatos, ou de candidatos a candidatos.

Se por um lado, no PSD se perfilem vários nomes como possíveis sucessores, a minha aposta recai sobre Ricardo Rio. Profundo conhecedor dos dossiers, vereador municipal exemplar e participativo, deverá ser esta a provável escolha do PSD. Tem a enorme vantagem de ser muito acarinhado pelas gentes de Braga com quem tem uma ligação profunda. Por parte de Ricardo Rio, o sinal de total disponibilidade está dado.

por parte do PS as coisas não serão tão simples. Pelo menos para quem está de fora. Nomes como o de Hugo Pires, Vítor de Sousa entre outros, perfilam-se para o lugar.

Relativamente à nova lei que limita os anos de mandatos dos actuais autarcas e presidentes de juntas de freguesia, sabemos que em 2013 a grande maioria dos candidatos, uns carismáticos outros não, dos diversos quadrantes políticos não se poderão recandidatar. Logo, e como serão muitas batalhas que terão de se bater em simultâneo de Norte a Sul do país, resta-nos interrogar se os partidos estão prontos para semelhante luta e, mais importante do que isso, se têm candidatos à altura em todas os lugares para a sucessão.

Na palestra do Dr. Paulo Portas aos militantes na sede do CDS em Braga, na passada sexta-feira,  foi levantada uma duvida muito pertinente, aliás, mais do que duvida, uma desconfiança.

Será que a reorganização territorial ao nível das freguesias de diversos concelhos do país, de que Lisboa é exemplo anunciado já para 2013, não terá como consequência em muitos concelhos uma alteração territorial e jurídica, que possa suportar em muitos casos, que um candidato a um lugar de autarca ou presidente de junta de freguesia, não veja esgotado o numero de anos máximos do seu mandato em face desta mesma reestruturação?

Por exemplo, imagina a fusão das juntas de freguesia de Maximinos e Real em Braga, em que surge uma nova freguesia jurídica que permita a um dos candidatos das extintas freguesias em fim de mandato, assumir uma nova candidatura, no mesmo local embora mais abrangente, mas agora com nome diferente?

Porque afinal, este é um assunto transversal à totalidade dos partidos com assento parlamentar, todos eles com os seus interesses nesta matéria.

E se estivermos atentos à noticia do JN sobre a sucessão de Mesquita Machado em Braga, não poderemos de achar, no mínimo estranho, o humor do actual edil quando diz «Ainda vai correr muita água debaixo da ponte e até pode mudar a lei». Será apenas ironia?

Acredito que os partidos estão cientes das repercussões de se efectuar uma jogada destas. Que levará a que muitos dos edis que vêm os mandatos esgotados em 2013, possam colocar o contador a zero, e voltar eles próprios a sucederem a eles próprios. E com certeza saberão já os riscos e vantagens. Nós apenas imaginamos que sabemos.

Tire o leitor também as suas conclusões.

Fonte: JN; RUM; Publico

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