segunda-feira, 31 de maio de 2010

Como se vai parir agora uma nova paridade?

Pois. A questão agora é óbvia. Depois de hoje nada volta a ser igual. Porque esta nova lei trás consigo um saco de novos problemas e de futuras inconstitucionalidades. E de novas reivindicações para igualdades entre coisas que são tão diferentes.
Mais a mais, quando consta que o BE se prepara para mais uma iniciativa fundamental à governação e sustentabilidade económica do país: a possibilidade de se efectuar uma mudança de sexo no cartão de cidadão.

Mas então como vamos fazer? Será que para cumprir a lei da paridade, quer no estado e empresas publicas, candidatos a deputados nacionais, europeus, ou regionais e titulares de cargos públicos, vamos usar de descriminação sexual? Ou vamos passar por cima da lei?
Ou simplesmente cada um vai alegar a sua sexualidade em função das necessidades de compor listas ou arranjar um "tachozinho" (isso se calhar já se faz por cá)?
E se um individuo alegar ser homossexual para integrar um cargo publico ou entrar numa qualquer lista candidata numa eleição na quota feminina? Ou serão necessárias criar novas quotas? E que percentagem se lhes vai atribuir? E se não houver hipótese de preencher essas novas quotas?

A montanha pariu um rato ou será que o rato pariu uma montanha?


Será com certeza, pelo menos caso para dizer que será necessário parir uma nova paridade...

Fonte: Publico, Assembleia da Republica.pt

domingo, 30 de maio de 2010

A música que Chico Buarque cantava ao Sócrates se o apanhasse pela frente hoje...



"Não foi Chico que quis conhecer, Sócrates, foi Sócrates que quis conhecer Chico."

O candidato em forma de sapo

Basicamente, o que distingue a grande parte dos socialistas em relação ao apoio ao candidato Manuel Alegre ás presidenciais, é o tamanho do copo de água necessário para ajudar a engolir o sapo.


Hora Cartoon na rua



Hora Cartoon na rua




Sporting conquistou a Taça Challenge

O Sporting tornou-se ontem a primeira equipa nacional a vencer uma competição europeia de andebol ao vencer a Taça Challenge.
Pela paixão que nutro pelo andebol, obrigado Sporting.



Fonte: Record

sábado, 29 de maio de 2010

Banco Alimentar Contra a Fome

Num supermercado perto de si.


A próxima Campanha de Recolha de Alimentos em supermercados e superfícies comerciais realiza-se nos dias 29 e 30 de Maio de 2010.

Ajude a ajudar. Contribua.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Velharias do meu baú


Maricas, lésbicas, transexuais e outras categorias...

À bocado fui dar uma cachimbada ali ao lado e enquanto este acendia, pus-me a ler este post do Paulo Marcelo.

Segundo este relata, o BE prepara-se para apresentar uma iniciativa legislativa que vai permitir que um gajo careca e de barba possa ter o sexo feminino no papel (bilhete de identidade) e chamar-se Maria Joaquina (perdoem-me as Marias e Joaquinas, não pretendo ofende-las).

Ao mesmo tempo, uma gaja de cabelo comprido e com umas brutas mamas pode ter o sexo masculino no papel (bilhete de identidade) e chamar-se António Manuel (mais uma vez perdão a mim, aos restantes Antónios e todos os Manueis).

Ora, sempre é uma forma de passar ao lado da crise. Assim, só têm que dizer mal do que os outros fazem incentivar à revolta popular e quanto a medidas objectivas... pois casem-se os homossexuais, faça-se inseminação artificial ás nossas custas ás lésbicas (ainda não sei como vão resolver o problema da descriminação com os homossexuais) e mude-se o sexo no bilhete de identidade.

Um deste dias, arriscamos-nos, em qualquer autocarro ou mesmo no metro, a levantarmos-nos para ceder o lugar a uma senhora e levar-mos um murro nos cornos de alguém que de seguida coça... bem supostamente seria os tomates.

Bem. Apagou-se o cachimbo. Vou andando, então.

Fonte: Cachimbo de Magrite

Jogadores argentinos com autorização para sexo

O médico da selecção argentina, Donato Villani, anunciou as suas diretivas na emissora Rádio Del Plata, indicando que "os jogadores vão poder manter relações sexuais durante o Mundial de futebol, mas com as suas companheiras estáveis e sem aditivos, como por exemplo champanhe ou outras bebidas".

«O sexo faz parte da vida social de toda a gente e não se trata de um problema em si. Os inconvenientes surgem com os excessos, os aditivos, um  parceiro que não é o regular, ou em horas que são reservadas ao repouso», sublinhou o médico.

Olha se a moda pega. Se o médico da selecção portuguesa dá as mesmas instruções, lá vão os jogadores portugueses expandir os horizontes lusitanos para África.

Fonte: Correio da Manhã

€ 191.405.356,61



A Assembleia da República aprovou, por unanimidade (grande BE e grande CDU; onde estão os interesses dos trabalhadores e a crise agora?), o seu orçamento para 2010, em relação ao qual há que salientar:


1. O OAR/2010 ascende a €191.405.356,61 e, relativamente ao OAR corrigido de 2009, €208.559.142,93, traduz-se numa redução de 8,2%.

2. O OAR/2010 decompõe-se em três grandes áreas:

2.1. Actividade da AR propriamente dita, a que correspondem € 85.502.827,00.

2.2. Entidades autónomas e outras entidades que funcionam junto da AR, a que correspondem € 14.235.655,00.

2.3. Subvenções, a que correspondem € 91.666.874,61.

Veja aqui o OAR para 2010.

Fonte: parlamento.pt

quarta-feira, 26 de maio de 2010

terça-feira, 25 de maio de 2010

Olhós os abions látráz!

Cromos da praia.

Banco Alimentar Contra a Fome

Num supermercado perto de si.


A próxima Campanha de Recolha de Alimentos em supermercados e superfícies comerciais realiza-se nos dias 29 e 30 de Maio de 2010.

Ajude a ajudar. Contribua.

Banco Alimentar Contra a Fome - aqui

Cortas mas é o caraças!!!

Vejam esta noticia e digam lá que também não fugiam.
Ai não!...
Cortas mas é o caraças, é o que cortas.

Fonte: Correio da Manhã

Deco alerta - rissóis e pastéis com higiene duvidosa

A DECO PROTESTE já denunciou esta situação à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica. A revista PROTESTE testou 16 marcas de pastéis de bacalhau e 14 de rissóis de camarão congelados e o cenário é de cautela. Seis amostras foram penalizadas também por não corresponderem aos padrões de qualidade microbiológica.

Solução: veja o vídeo

Fonte: Deco

*$&"$#%&/()

... Que é para não lhes chamar filhos da mãe deles, que por sinal é uma senhora de índole duvidosa....

Eu acredito em Queirós... E acredito nesta selecção... E por acreditar eu apostei várias dezenas de euros em como esta selecção começava o trajecto para o mundial com uma vitória frente a Cabo Verde...

E quando digo várias digo bastantes, muitas mesmo...

E perdi... Porque este gajos andam a brincar aos mundiais... Fico pior que estragado quando vejo gajos como estes a jogarem mal, pura e simplesmente porque acham que basta... Assim, vão ser sempre uns quase bons.

Quem avisa amigo é...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Lésbicas querem acesso à inseminação

As lésbicas podem vir a ter acesso à inseminação para procriação assistida segundo o Jornal de Noticias.
Pois eu concordo plenamente. Se podem casar também podem ter filhos.
Óbvio.

Fica aqui a minha sugestão do método que devem utilizar para efectuar a referida inseminação.



Directamente do produtor ao consumidor(a)

Fonte: Jornal de Noticias

Vai uma aposta?



A selecção portuguesa é a 3ª classificada no ultimo "ranking" de melhores selecções da FIFA.



A selecção portuguesa é a 5ª classificada no "ranking" de selecções mais valiosas da consultora Frontier Economics.

Qual será a classificação de semelhante poder futebolístico no mundial de futebol de 2010?
Vai uma aposta?


Fontes: Fifa, Mais Futebol

Exemplos dolorosos


Na sexta-feira pedi ao meu rapaz para lavar o carro no fim-de-semana. Afinal ele é um dos que mais uso lhe dá e, sinceramente, estava mesmo a precisar.

No domingo ao final da tarde como o rapaz não dava sinais de fazer o que lhe tinha pedido, resolvi, em vez de estar a voltar a lembrar o que já lhe pedira, arrancar do sofá e ir eu começando. A minha intenção era que ele pressentisse o que eu estava a fazer e assim fosse impelido a fazer o mesmo.
Bem resultou. Ao fim de mais ou menos dez minutos (já tinha limpo parte do carro por dentro) apareceu o rapaz e eu pude então parar.


Moral da história: 


para a próxima está quietinho e leva o carro aqui para lavar!


A crise e os mentirosos

O trabalho não é, apenas li o que vem aqui publicado, mas confesso que fiquei arrepiado. Depois fiquei revoltado. Depois ainda com vontade de mentir no IRS (como se eu pudesse) e depois ainda de me juntar aos grevistas e reclamar. Reclamar "até que a voz me doa".
Porque isto é brincar ás governações. É o maior desrespeito que se pode imaginar ao cidadão português. Penalizar constantemente e acentuadamente o nível de vida daqueles que já mal podem e depois... pimba. A crise é só para os parvos.

Mas leia e confira (não recomendado a pessoas com problemas cardíacos, problema de origem nervosa ou portadoras de pacemaker).

Fonte: Corta-fitas

Talvez queiram experimentar.


Desde há uns dia que resolvi instalar e experimentar o navegador de Internet grátis da Google, o Chrome. Já tinha instalado o Chrome em 2008 quando do seu lançamento, na altura em Windows, mas na altura não consegui destronar o meu navegador de eleição o Firefox.
Mas agora, mais maduro e muito mais estável, resolvi instalar e usar por algum tempo a versão para sistema operativo Linux (está também disponível Windows e para Mac OS).
Simplista, muito intuitivo, bastante customizável e atractivo. Mas não são essas as características que mais me importam. São sim, a sua curta mas grande reputação de fiabilidade, rapidez e robustez. Para quem, como eu, está habituado a utilizar o navegador Firefox a fasquia está muito alta. Mas surpreendemente o Chrome está a sair-se muito bem e agrada-me bastante.
Ao ponto de achar que merece ser recomendado. Por isso, se gosta de melhorar a forma como utiliza o seu computador, se quer rentabilizar os recursos e aceita novos desafios, surpreenda-se. Experimente fazendo download daqui e instalando.

Veja alguns comparativos dos navegadores de Internet mais conhecidos:

E boas navegações.

A verdade do ser

***


«No mundo ocidental, é largamente dominante a opinião de que são universais apenas a razão positivista e as formas de filosofia dela derivadas. Mas, as culturas profundamente religiosas do mundo vêem, precisamente nesta exclusão do divino da universalidade da razão, um ataque às suas convicções mais íntimas.

«Uma razão, que diante do divino é surda e repele a religião para o âmbito das subculturas, é incapaz de inserir-se no diálogo das culturas. E no entanto a razão moderna, própria das ciências naturais, com a sua dimensão platónica intrínseca traz consigo, como procurei demonstrar, uma questão que a transcende a ela juntamente com as suas possibilidades metódicas. Ela própria tem simplesmente de aceitar a estrutura racional da matéria e a correspondência entre o nosso espírito e as estruturas racionais operativas na natureza como um dado de facto, sobre o qual se baseia o seu percurso metódico.

«Mas, a pergunta sobre o porquê deste dado de facto existe e deve ser confiada pelas ciências naturais a outros níveis e modos do pensar – à filosofia e à teologia. Para a filosofia e, de maneira diferente, para a teologia, a escuta das grandes experiências e convicções das tradições religiosas da humanidade, especialmente da fé cristã, constitui uma fonte de conhecimento; recusá-la significaria uma inaceitável redução do nosso escutar e responder.

«Isto traz-me à mente uma frase de Sócrates a Fédon; nos colóquios anteriores tinham sido citadas muitas opiniões filosóficas erradas, e então Sócrates diz: «Seria facilmente compreensível que alguém, irritado por causa de tantas coisas erradas, detestasse pelo resto da sua vida todo e qualquer discurso sobre o ser, ou o denegrisse. Mas, desta forma, perderia a verdade do ser e sofreria um grande dano». Ora, desde há muito tempo que o ocidente vive ameaçado por esta aversão contra as questões fundamentais da sua razão, mas o único resultado seria sofrer um grande dano. A coragem de abrir-se à vastidão da razão, e não a rejeição da sua grandeza – tal é o programa pelo qual uma teologia comprometida na reflexão sobre a fé bíblica entra no debate do tempo actual.

«"Não agir segundo razão, não agir com o logos, é contrário à natureza de Deus", disse Manuel II, partindo da sua imagem cristã de Deus, ao interlocutor persa. É a este grande logos, a esta vastidão da razão que convidamos os nossos interlocutores no diálogo das culturas. Reencontrá-la nós mesmos sempre de novo, é a grande tarefa da universidade.»



BENTO XVI

Aula Magna da Universidade de Regensburg,
12 de Setembro de 2006

Dilema

"Dilema é um problema que oferece duas soluções, sendo que nenhuma das quais é aceitável."
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dilema)

"Dilema - situação em que somos julgados ou nos julgamos obrigados a escolher entre dois termos de uma alternativa que se excluem mutuamente; FILOSOFIA: raciocínio em que, posta uma alternativa ou disjunção, qualquer dos termos das alternativas leva à mesma conclusão."
(Fonte: Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora)

sábado, 22 de maio de 2010

30 anos depois

Quem já passou hoje pelo Google reparou na página inicial deste motor de pesquisa. Não sei durante quanto tempo, mas hoje estava excelente.
O Google faz hoje uma homenagem, merecida diga-se, a um dos jogos mais conhecidos e um dos pioneiros dos jogos actuais.
Pac Man deliciou milhões (este vosso amigo é um deles e sim sou assim tão velho, porra).

E isto levou-me a outra memória. Ui, como soube bem. Quem se lembra do Kurika (acho que se escreve assim, aqui podem ver como sou velho que já nem me lembro das merdas) e das noite (e tardes) lá passadas, das moedinhas nas máquinas de jogos, o bilhar, enfim, foram as Playstation e as Wi dos anos... brelababum.

E, pasme-se, o jogo é mesmo jogável na página do Google. Imaginem quem tirou a barriga de misérias. :)

Fonte: Google, Wikipédia

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Podia ser pior. Podia ser no corno de África!

Esta preciosidade foi roubada daqui. Tinha que vos mostrar.
Podia ser pior e colocarem Lisboa no corno de África. Afinal, tal como o corno, o nosso governo foi o ultimo a saber que estamos à beira da bancarrota.


Excelente exemplo de rigor e profissionalismo jornalístico o da CNN nesta noticia.

Fonte: Corta-Fitas

Velharias do meu baú



Moody Blues - Nights In White Satin

Moção de censura dos camaradas

Tenho andado à procura de uma forma de comentar esta moção de censura que os camaradas do PCP resolveram apresentar ao governo.
E, publicidade à parte, até porque não sou assinante da empresa do anuncio, esta foi a mais divertida que me ocorreu.
E como esta moção não passa de uma brincadeira do PCP...

Deitem cá para fora camaradas!


Fonte: Publico

«Não dê esmola, dê futuro»

«Foi o sociólogo socialista francês Jean Pierre Rosanvallon o primeiro a dizer que o rendimento mínimo garantido se transformou numa forma de assalariar a exclusão. Inicialmente, tanto em França como por cá, o então RMG foi entendido como uma prestação social que permitia, em certas e determinadas situações, criar as condições mínimas para a inserção social de pessoas em situação de grande precariedade, que sem essa alavanca nunca conseguiriam iniciar um autoprocesso nesse sentido. Ou seja: mantém-se o princípio de ensinar a pescar mas, em casos excepcionais, justifica-se que primeiro se dê o peixe.

«Os riscos de que esta medida fosse pervertida - no espírito e na prática - provocando um crescente desequilíbrio entre o esforço de subsidiação e o esforço de inserção foram trazidos ao debate parlamentar aquando da apresentação da proposta de lei a cargo do então ministro Ferro Rodrigues. O exemplo francês, quer nos fracassos quer nas medidas correctivas, foi naturalmente trazido à colação. Passaram-se 15 anos e aqui estamos, de novo, a debater a questão, confrontados com um histórico de reduzidíssimo retorno expresso no número de cidadãos que efectivamente alcançaram a capacitação e a autonomia a que tinham direito, face aos milhões de euros engolidos numa voragem de distribuição pouco rigorosa e nunca verdadeiramente avaliada, de subsídios.

«Assalariámos a pobreza, como preconizava Rosanvallon? Sem dúvida que sim. O espírito assistencialista da prestação, o seu automatismo e o facto de ser um rendimento de garantia e não um rendimento de inserção potenciaram a inércia social geralmente associada a mecanismos de pura subsidiação e consagraram a dependência como forma de vida minando a dignidade das pessoas, a sua auto-estima e desvalorizando o reforço da capacidade individual para se bastar. Tudo mergulhado num caldo de permissividade e suspeição.

«É pena. Não só pela dissipação inútil de recursos desperdiçados em milhares de situações que os não justificavam, mas sobretudo pela degradação de uma importante prestação social, hoje totalmente dissociada da mobilidade social que se propunha estimular, olhada com suspeição pelos contribuintes e pelos cidadãos em geral, que a vêem como um prémio à preguiça.

Presidente assumiu a lei como sua

*

«Um veto do Presidente seria natural. Desde logo, porque, na sua eleição directa, à primeira volta, não sinalizou esta reforma radical do casamento nas linhas de actuação futura. Na legislatura anterior, Sócrates e o PS rejeitaram esta legislação com esse fundamento - Cavaco Silva faria o mesmo, fiel ao mandato e à legitimidade democrática. Ou podia declarar a sua discordância, como é o seu direito e, mais, o poder constitucionalmente atribuído. Ou podia ter seguido as razões que enunciou na primeira parte da sua mensagem.

«O argumento de a Assembleia voltar a confirmar a lei, após um veto, não impressiona. Era certo que o Tribunal Constitucional diria o que disse e o Presidente não deixou de o ouvir.

«Se enviasse ao Parlamento o apelo implícito na primeira parte da sua mensagem, cada um assumiria as suas responsabilidades. Assim, foi o Presidente a assumir as suas. Creio que as assumiu mal e no sentido errado. Obrigado que fosse a promulgar, a lei não seria sua. Assim, fê-la também sua.

«Desapontou-me. Discordo.»

José Ribeiro e Castro
Deputado CDS-PP

"É o optimismo"

* * *


Bento XVI em Portugal: “A história com olhos cristãos”

«Na história, o mal não terá a última palavra, apesar das dificuldades e da dor, injustiça, inclusive da morte. Sobrevoando o Mediterrâneo para Portugal, no encontro habitual com os jornalistas, o Papa deu a chave de leitura de sua nova viagem internacional dirigida a Fátima, o santuário mariano que se converteu em um dos lugares simbólicos mais fortes do catolicismo contemporâneo: é o optimismo, uma chave de leitura muito própria dele desde sempre, contrariamente do preconceito tenaz que há décadas acompanha a representação mediática de Joseph Ratzinger.

«Bento XVI vê a história com olhos cristãos. Com um olhar positivo e sereno que não ignora os dramas e as tragédias da história, os abismos do mal que o século XX abriu de par em par, o limite e a culpa original do homem, o pecado dos próprios cristãos que mostram a necessidade contínua de renovação da Igreja (Ecclesia semper reformanda). Seu optimismo é, portanto, realista porque sabe que o mal ataca sempre, mas sabe também que as forças do bem estão presentes e o Senhor é mais forte que o mal. Assim, ele mostra a mensagem de Fátima, da qual o próprio cardeal Ratzinger, por encargo de João Paulo II, fez uma leitura profundamente enraizada na tradição cristã.

«O mesmo olhar optimista leva o Papa a ler a crise, que agora parece se concentrar na Europa, como um exemplo claríssimo da necessidade de reabrir o pragmatismo da economia às razões da ética, segundo uma linha que recorre toda a encíclica Caritas in veritate e que suscitou interesse e consenso muito além dos ambientes católicos. E a última confirmação deste importante juízo compartilhado veio precisamente das palavras do presidente português, às quais Bento XVI respondeu lembrando que sua visita ao país aconteceria no centenário da proclamação da República e da distinção entre Igreja e Estado, ocasião de "um novo espaço de liberdade" para os católicos.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Velharias do meu baú



The Police - Every Breath You Take

É oficial!


... são efeitos da PDI.

"Fátima, lugar privilegiado da misericórdia de Deus"

Apresentamos, a seguir, a catequese dirigida pelo Papa aos mais de 13 mil peregrinos do mundo inteiro, reunidos na Praça de São Pedro para a audiência geral.


Queridos irmãos e irmãs:

Hoje, desejo percorrer junto convosco as diversas etapas da viagem apostólica que realizei nestes dias a Portugal, movido especialmente por um sentimento de reconhecimento a Nossa Senhora, que em Fátima transmitiu aos seus videntes e aos peregrinos um intenso amor pelo Sucessor de Pedro. Dou graças a Deus, que me deu a possibilidade de prestar homenagem a esse povo, à sua longa e gloriosa história de fé e de testemunho cristão. Portanto, como eu vos havia pedido que acompanhásseis esta minha visita pastoral com a oração, agora vos peço que vos unais a mim ao agradecer a Deus pelo seu feliz desenvolvimento e conclusão. A Ele confio os frutos que trouxe e trará à comunidade eclesial portuguesa e a toda a população. Renovo a expressão do meu vivo reconhecimento ao presidente da República, Sr. Anibal Cavaco Silva, e às demais autoridades do Estado, que me acolheram com tanta cortesia e prepararam cada elemento para que tudo pudesse acontecer da melhor maneira possível. Com intenso afeto, recordo os irmãos bispos das dioceses portuguesas, a quem tive a alegria de abraçar em sua terra, e lhes agradeço fraternalmente por tudo o que fizeram pela preparação espiritual e organizativa da minha visita, além do notável empenho dedicado à sua realização. Dirijo um pensamento particular ao patriarca de Lisboa, cardeal José da Cruz Policarpo, ao bispo de Leiria-Fátima, Dom Antonio Augusto dos Santos Marto, do Porto, Dom Manuel Macario do Nascimento Clemente, e aos seus respectivos colaboradores, como também aos diversos organismos da conferência episcopal guiada por Dom Jorge Ortiga.

Ao longo de toda a viagem, realizada por ocasião do décimo aniversário da beatificação dos pastorinhos Jacinta e Francisco, senti-me apoiando espiritualmente por meu amado antecessor, o venerável João Paulo II, que esteve por três vezes em Fátima, agradecendo esta "mão invisível" que o livrou da morte no atentado de 13 de maio, aqui nesta Praça de São Pedro. Na tarde de minha chegada, celebrei a Santa Missa em Lisboa, no encantador cenário do Terreiro do Paço, que se eleva sobre o rio Tejo. Foi uma assembleia litúrgica de festa e de esperança, animada pela alegre participação de numerosos fiéis. Na capital, de onde partiram, no decorrer dos séculos, tantos missionários para levar o Evangelho a muitos continentes, encorajei os diversos integrantes da Igreja local a uma ação evangelizadora vigorosa nos diversos âmbitos da sociedade, para serem semeadores de esperança em um mundo marcado pela desconfiança. Particularmente, exortei os crentes a se tornarem anunciadores da morte e ressurreição de Cristo, coração do cristianismo, centro e fundamento de nossa fé e razão de nossa felicidade. Pude manifestar estes sentimentos, também, durante o encontro com os representantes do mundo da cultura, celebrado no Centro Cultural de Belém. Nesta ocasião, dei ênfase ao patrimônio de valores com os quais o cristianismo enriqueceu a cultura, a arte e a tradição do povo português. Nesta nobre terra, como em todos demais países marcados profundamente pelo cristianismo, é possível construir um futuro de compreensão fraternal e de colaboração com as demais instâncias culturais, abrindo-se reciprocamente para um diálogo sincero e respeitoso.

Dirigi-me, depois, para Fátima, pequena cidade caracterizada por uma atmosfera de misticismo autêntico, na qual se nota de maneira quase palpável a presença de Nossa Senhora. Eu me fiz peregrino com os peregrinos naquele santuário admirável, coração espiritual de Portugal e meta de uma multidão procedente dos lugares mais diversos da Terra. Após ter permanecido recolhido em oração e emocionado na Capelinha das Aparições, em Cova da Iria, apresentando ao Coração da Virgem Santa as alegrias e as esperanças, além dos problemas e os sofrimentos do mundo inteiro, na Igreja da Santíssima Trindade tive a alegria de presidir a celebração das Vésperas da Devota Virgem Maria. Dentro deste templo grande e moderno, manifestei meu vivo apreço aos sacerdotes, aos religiosos, às religiosas, aos diáconos e aos seminaristas vindos de todas as partes de Portugal, agradecendo-lhes por seu testemunho silencioso, nem sempre fácil, e por sua fidelidade ao Evangelho e à Igreja. Neste Ano Sacerdotal que chega ao fim, encorajei os sacerdotes a darem prioridade à escuta da Palavra de Deus, ao conhecimento íntimo de Cristo, à intensa celebração da Eucaristia, tomando o exemplo luminoso do Cura d'Ars. Não deixei de confiar e consagrar ao Imaculado Coração de Maria, verdadeiro modelo de discípula do Senhor, os sacerdotes do mundo inteiro.

Dilemas morais VII

Por hoje, este será o último post da série Dilemas morais. Espero que os leitorestenham gostado e que comentem, critiquem ou digam o que fariam.

Cavaco e o casamento gay.

Cavaco Silva era o Presidente de uma República que ainda não se tinha apercebido que estava à beira da bancarrota, de tal modo que o seu Primeiro-Ministro até se fartava de prometer despesas e de anuciar a retoma. Em parte, tal acontecia porque o país andava entretido a discutir questões laterais - a convocatória de Queirós, o TGV, etc.

Neste momento, surge-lhe uma lei para promulgação a permitir o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, um diploma polémico sobre um tema que dividia a sociedade. Cavaco acha, como muitos concidadãos (talvez até a maioria) que o casamaento gay é uma patetice. Sabendo que Cavaco pode vetar politicamente o diploma, mas sabendo também que tal veto apenas adiará a entrada em vigor do mesmo e que, em todo o caso, será pretexto para três semanas de discussão sobre o casamento gay (pelo menos até começar o mundial de futebol), o que deve Cavaco fazer?

Quid iuris?

boa noite

Dilemas morais VI

A escolha de Sofia

No livro A Escolha de Sofia, de William Styron, uma prisioneira polonesa
em Auschwitz recebe um "presente" dos nazistas: ela pode escolher, entre o
filho e a filha, qual será executado e qual deverá ser poupado. Escolhe salvar
o menino, que é mais forte e tem mais chances na vida, mas nunca mais tem
notícias dele. Atormentada com a decisão, Sofia acaba se matando anos depois.

Dilemas morais, como a escolha de Sofia, são situações nas quais nenhuma
solução é satisfatória. São encruzilhadas que desafiam todos que tentam criar
regras para decidir o que é certo e o que é errado, de juristas a filósofos que
estudam a moral
.

Dilemas morais V

A tábua de Carneades (um clássico, e foi graças a ele que me lembrei disto)

Após ter naufragado um barco, duas pessoas têm apenas uma tábua, que só pode sustentar uma delas. A joga B fora da bóia para salvar sua própria vida;

Dilemas morais IV

Truman e a bomba atómica

"A história mostra que, em circunstâncias extraordinárias, a escolha de um único indivíduo pode alterar completamente o rumo dos acontecimentos, produzindo conseqüências que, de antemão, não se mostravam inteiramente previsíveis.

Harry S. Truman, Presidente americano ao final da 2ª. Guerra Mundial teve, literalmente, uma bomba dessas nas mãos, ao optar entre o prosseguimento de uma guerra sangrenta e custosa (sabe-se lá quantos soldados americanos ainda morreriam nas batalhas do Pacífico) e a solução rápida, representada pelo uso da bomba atômica, uma arma que produziria impacto devastador, não apenas sobre vidas humanas mas, principalmente, sobre o rumo subseqüente da história. Certa ou errada, justificável ou não, a opção de Truman não deve ter tirado muitos minutos de seu sono; afinal, naquele momento histórico (e do pensamento americano), centenas de milhares de vidas japonesas valiam muito pouco em cotejo com a vida de um único soldado americano."

Dilemas morais III

O dilema do homem gordo.

Um grupo de vinte turistas tenta sair de uma gruta situada na costa, à beira-mar. O líder do grupo fica preso na estreita abertura da gruta, sem conseguir mexer-se, para dentro ou para fora. A maré enche. Todos se apercebem de que, se não saem rapidamente da gruta, acabarão por morrer afogados. Desesperados, encontram na gruta um isqueiro e um pau de dinamite. Se o usarem para libertar a saída, morre o líder, mas os restantes membros do grupo talvez se salvem. Se nada fizerem, todos morrem, excepto o líder, que já tem a cabeça de fora. Como devem proceder?

Inspiração: mais um clássico dos manuais de filosofia da moral.

Fonte: Universidade Nova de Lisboa

Dilemas morais II

O dilema da caverna.

Um grupo de dez espeleólogos fica preso no interior remoto de uma caverna, na sequência de uma avalanche. Depois de esgotarem todos os seus mantimentos, conseguem pôr a funcionar o rádio transmissor que tinham em seu poder. Pedem socorro. Respondem-lhes que o salvamento está em curso mas ainda demorará o seu tempo a surtir efeito. Apercebem-se de que já não têm forças para resistir tanto tempo sem comer… O que devem fazer?

Inspiração: Lon L. Fuller (1949) 62 HLR 616.

Fonte: Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Direito

Dilemas morais I

Ainda sobre a justificação dada por Cavaco, talvez seja importante revisitar o conceito de dilema moral (ou ético). Aqui vai uma série dedicada aos problemas morais (nos quais não há soluções moralmente perfeitas), fruto de uma pesquisa de dois minutos na net.

"O dilema do barco salva-vidas.

Um navio de passageiros embate num icebergue. Os trinta sobreviventes, entre os quais se inclui o capitão do navio, têm de se apertar no único barco salva-vidas em condições, destinado a servir apenas sete pessoas. Rapidamente se torna evidente que o barco não aguenta muito tempo com tanto peso, sobretudo perante a ameaça de uma tempestade iminente. Se nada se fizer, o barco depressa vai ao fundo e todos acabarão por morrer. A única hipótese de sobrevivência de alguns está no sacrifício de outros. O capitão tem uma arma de fogo. Como deve agir?

Inspiração: naufrágio do navio William Brown em 1841 (e os inúmeros textos de filosofia da moral que nele se basearam)."

Fonte: Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Direito

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Da temperança, essa grande virtude

A propósito da promulgação da lei do casamento homossexual, o nosso Nuno Dias entendeu por bem citar dois artigos do Padre Nuno Serras Pereira, aqui (na caixa de comentários) e aqui.

Uma vez que o Rua do Souto é antes de mais, um espaço de opinião livre e de debate, não posso deixar de referir que acho estes artigos do Padre Nuno Serras Pereira absolutamente lamentáveis, quer no plano doutrinário, quer no plano da honestidade intelectual. Aliás, vejo-os mesmo como dois exemplos acabados de como o fundamentalismo numa sociedade aberta e democrática, pode prejudicar causas justas.

Mas eu confesso que a tacanhez do Pe. Serras Pereira tem o condão de me irritar. Um exemplo claro daquilo que me tira do sério no discurso deste ilustre coleccionador de adjectivos negativistas está no post intitulado "Cavaco e as presidenciais".


Para o Pe Nuno Serras Pereira, o Presidente promulgou, neste seu mandato, "tudo o que de mais abominável e perverso se possa imaginar", a saber:
a liberalização maciça do homicídio/aborto,
a crudelíssima clonagem,
a abjecta experimentação assassina em pessoas, na sua etapa embrionária,
o congelamento ignóbil das mesmas em gulags de latão,
o torpe divórcio expresso,
a deseducação sexual obscena e pornográfica nas escolas,
e agora o sórdido pseudo-casamento de pessoas do mesmo sexo.

Ora, não vou sequer falar na errada aplicação do conceito de "magistratura de influência" ou nas competências constitucionais em matéria legislativa no quadro do nosso sistema semi-presidencialista.

Interessa-me sobretudo sublinhar que o Pe Nuno Serras Pereira induz-nos a (falsa) ideia de que estas coisas são todas igualmente abjectas ignóbeis, torpes, sórdidas, obscenas e crudelísismas, todas mefistofelicamente enfiadas no peçonhento saco de "tudo o que de mais abominável e perverso se possa imaginar".

Na áritmética possível da semântica adjectiva deste ilustre fanático temos, por conseguinte, a equação infra indicada:

homicídio=aborto=clonagem=experimentação científica em embriões=congelamento de embriões=divórcio=deseducação sexual nas escolas=casamento de pessoas do mesmo sexo

Ora, convém que alguém diga com muita firmeza a este senhor que ele está errado e que tão errado é afirmar aos sete ventos que tudo isto é relativo, dependente da mundividência (e da conveniência) do sujeito activo, como insinuar-se que isto é tudo igualmente mau, pérfido, ignóbil, etc.

Não, Senhor Padre, não é tudo igualmente mau. Eu consigo viver melhor com deseducação sexual nas escolas, ainda que pornográfica e ainda que não concorde com ela, do que com a legalização do aborto, pelo simples e - talvez para V. ex.ª - aparentemente esquecido facto de que a educação sexual nas escolas, por pior que seja, não incide directamente sobre o direito à vida de uma pessoa única, singular na sua potencialidade e nas suas caracterísitcas desde a gestação e absolutamente irrepetível.

Por outro lado, o casamento dos homossexuais dificilmente prejudica um terceiro, já um homicídio me parece, sob esse ponto de vista, muito mais "sórdido", para usar o adjectivo propositadamente forte do Sr. Padre.

O facto é que, para - de uma forma intelectualmente desonesta - promover a sua agenda moral (ou moralista), o Pe. Serras Pereira não hesita em misturar comportamentos onde há terceiros que são afectados (no limite, está em causa o seu direito a existirem no mundo) com situações que apenas dizem respeito à liberdade civil de duas pessoas decidirem algo sobre o destino que querem dar às suas próprias vidas.

Mais: mistura situações em que está em causa uma opção de política educativa - melhor ou pior - com a qual poderemos aprender perfeitamente a lidar, com questões de vida ou morte.

Isto tudo é grave e deve ser firmemente denunciado por aqueles que, (como eu e muitos outros, crentes e não crentes) têm andado por este país a defender o valor supremo da vida humana, mesmo na fase intra-uterina, num ambiente social que há uns anos aceitava maioritariamente este imperativo categórico e hoje lhe é amplamente hostil, em grande medida por causa das caldeiradas de valores e de gente sem tento na língua, como o Sr. Pe. Serras Pereira.

Tudo isto é grave e deve ser firmemente denunciado, dizia eu, nem tanto como uma patologia na escala de valores do Sr. Padre, mas sobretudo - o que mais me faz espécie - como uma imbecilidade retórica, altamente contraproducente à nossa causa.

O Pe Serras Pereira, ao invés de decorar dicionários de adjectivos pejorativos, bem podia dedicar-se à investigação das consequências trágicas (o Sérgio, que é o sociólogo de serviço aqui na Rua, bem podia dar-me o jeito de explorar e aprofundar este ponto) da amplificação, no quadro de um discurso de massas, da ideia segundo a qual coisas relativamente pouco importantes estão mais ou menos no mesmo patamar, e com idêntica intensidade discursiva, de outras coisas, de extrema importância.

Caso prático: A comparação que induz uma suposta identidade entre George W. Bush a Hitler é susceptível de criar uma de duas reacções: ou uma hipervalorização do carácter malévolo das ideias e das políticas de George W. Bush, por associação à imagem negativa das políticas assassinas de Hitler; ou uma desvalorização da negatividade da percepção em relação a Hitler, por influência de uma simpatia, ainda que relativa ou condicional, para com as ideias de Bush.

O Pe. Serras Pereira, na sua cegueira ideológica, não consegue ver isto. Nuno Serras Pereira e Francisco Louçã são, em conclusão, cara e coroa de uma mesma moeda.

"Quem nos acode?"

“O Governo é um descalabro, e o PS um partido enfermo pelo poder. Há uma corrosão acentuada na sociedade portuguesa. A impostura adquiriu carta de alforria: ninguém é culpado, ninguém é responsabilizado. Quem nos acode?"

Baptista-Bastos, escritor,
"Diário de Notícias", 19-05-2010

«Cavaco e as Presidenciais»

***



«O presidente da república na sua declaração de ontem deu a entender que não concordava com aquilo que promulgou. Não é a primeira vez que o faz. Mas a verdade verifica-se pelas obras e não pelas palavras. Por isso Santo António pregava: “Calem-se as palavras; falem as obras.”. Estas, ao longo do mandato deste presidente têm sido inequívocas. Promulgou tudo o que de mais abominável e perverso se possa imaginar: a liberalização maciça do homicídio/aborto, a crudelíssima clonagem, a abjecta experimentação assassina em pessoas, na sua etapa embrionária, o congelamento ignóbil das mesmas em gulags de latão, o torpe divórcio expresso, a deseducação sexual obscena e pornográfica nas escolas, e agora o sórdido pseudo-casamento de pessoas do mesmo sexo. Qualquer uma destas coisas, só por si, é muito mais grave que a grave crise económica que o país atravessa. O seus efeitos, principalmente, a médio e a longo prazo, serão aterradores.

«Se o presidente, de facto, não quisesse estas monstruosidades pavorosas teria exercido sistematicamente, com determinação, coragem e audácia, o seu “magistério de influência” em vez de manter uma gélida “neutralidade” letal até que elas fossem aprovadas em referendo ou pela assembleia cruel. Se apesar disso não fosse escutado e fosse vencido, manteria a dignidade e o carácter dissolvendo a assembleia ou renunciando ao mandato.

«Evidentemente que, ainda subsistirá alguma dúvida?, nenhuma pessoa decente, de boa vontade, cristã, ou católica colocará a hipótese, ainda que remota, de reeleger o chefe de estado responsável pela promulgação das “leis” mais iníquas, injustas e criminosas da nossa longa história. Parece, aliás, claro, que uma vez reeleito, promulgaria a legalização da eutanásia e sabe-se lá que outras aberrações.

«Se alguém cuida que sou injusto nas imputações que faço poderá sempre pedir, ou exigir, que o presidente, quando formalizar a sua candidatura se comprometa solenemente a exercer o seu cargo de modo a fazer tudo para reverter as injustiças que promulgou nesta legislatura.

«Uma vez que os outros candidatos que se perfilam para as eleições padecem do mesmo ou de semelhante aleijão moral, também não fará sentido votar neles.

«É possível (há lá alguma coisa impossível para a imaginação alucinante e delirante de grande parte do povo português) que alguns em nome da economia, essa deusa com pés de barro tão idolatrada nos tempos que correm, julguem que um presidente, que é uma espécie de sumo-sacerdote da mesma, nos possa valer e salvar. Ele seria então o verdadeiro Messias, sem ele, descalabro e ruína por toda a parte… Talvez não seja necessário recordar a história Sagrada para verificar no que acabam por desembocar tais idolatrias – exactamente no contrário do que se pretendia. Bastará somente verificar no que deu, do ponto de vista económico, a “cooperação estratégica” durante este mandato.

«Se eu não fosse Padre, estou em que me esforçaria por fazer uma campanha em favor da abstenção maciça nas próximas eleições presidenciais. Se tivesse sucesso, ficaria claro para todos que o presidente eleito gozaria de uma “legitimidade” formal mínima. E a partir daí muita coisa boa podia acontecer… Tornaria ainda claro a todos os partidos políticos que o apoio à reeleição do actual presidente lhes traria problemas nas eleições que lhes dizem respeito. Como não passo de um inútil e insignificante Sacerdote franciscano, rezarei instantemente pela conversão dos corações.»

Nuno Serras Pereira

terça-feira, 18 de maio de 2010

Está enganado Senhor Presidente!

A integridade moral e politica não se coaduna com atitudes brandas em torno de algo em que se acredita e muitos portugueses também.

Não seriam com toda a certeza estes ultimos dias que provocariam o agravamento da crise em Portugal. Nem seria este um motivo, veja-se agora a moção de censura ao governo colocado pelo PCP, que afastariam os políticos e o parlamento, mais ou menos, dos desígnios da nação.

Eu como português, como opositor ao casamento de pessoas do mesmo sexo e como eleitor do Senhor Presidente, esperava mais. Muito mais. Esperava que o Senhor Presidente viesse recusar novamente a promulgação,até ser obrigado a fazê-lo depois de o parlamento voltar a pronunciar-se e a aprovar o diploma.

Muito desiludido. O Senhor Presidente coloca muito alta a fasquia da estabilidade. Ao ponto de comprometer e de abdicar da defesa dos princípios que nos regem e em que acreditamos.

Fonte: Publico

Peregrinação a Portugal abre nova etapa deste pontificado

Especialistas vêem evento como um marco histórico

O pontificado de Bento XVI ficará dividido entre o antes e o depois de sua peregrinação apostólica a Portugal. Esta é conclusão a que se chega ao conversar com os especialistas em informação religiosa ou ler seus artigos - sejam eles favoráveis ou contrários ao pensamento de Joseph Ratzinger.

Na celebração das Vésperas, todos puderam constatar que o Papa empreendia sua 15ª viagem apostólica internacional (de 11 a 14 de maio) em circunstâncias particularmente desfavoráveis, por conta da crise que assola a Igreja após as revelações de abusos sexuais cometidos contra menores por sacerdotes.

Fortaleza inesperada

Alguns dos veículos de comunicação que lançaram os mais duros ataques contra o Papa se deram conta de que, já no primeiro dia de sua visita, algo estava mudando radicalmente. O New York Times, em 11 de maio, publicava na internet uma crônica de Rachel Donadio na qual considerava que as palavras do Bispo de Roma dirigidas aos jornalistas tratando do assunto "foram as mais duras" que ele pronunciou sobre esta matéria.

"Os ataques ao Papa e à Igreja não provêm apenas de fora, uma vez que os sofrimentos a Igreja padece agora vêm precisamente de dentro da Igreja, do pecado que existe no interior da Igreja", constatava o Pontífice. A crônica citava as últimas medidas do Papa para purificar a Igreja.

"Este é um claro exemplo das mudanças de tom que o Papa está imprimindo ao Vaticano", comenta John L. Allen Jr., vaticanista do jornal norte-americano National Catholic Reporter.

Miguel Mora, correspondente no Vaticano do jornal espanhol "El País", um dos jornais europeus mais condescendentes com o papado, escreveu uma análise na qual apresentava o Santo Padre com o título de "O gladiador solitário".

"Quando os escândalos da ocultação dos casos de pedofilia clerical deram origem à maior crise da Igreja das últimas décadas, Ratzinger deu o melhor de si mesmo", escreveu, reconhecendo nele "a coragem e a ferocidade de um gladiador solitário, incompatíveis com um homem de 83 anos" na "purificação de uma Igreja pecadora".

Carinho transformado em números

A mudança na atitude dos jornalistas foi reforçada pelos números surpreendentes da visita papal. O Pontífice reuniu, na esplanada do Santuário de Fátima, em 13 de maio, uma multidão de mais de meio milhão de pessoas - 100 mil a mais que na visita de João Paulo II em 2000, quando este beatificou Jacinta e Francisco.

Em Lisboa, o Papa reuniu cerca de 200 mil pessoas para a Missa, e, no Porto, cerca de 120 mil. Contando todas as pessoas que estavam presentes nas ruas nos três locais visitados, provavelmente chega-se a um milhão de pessoas - num país de 10 milhões de pessoas, 10% de seus habitantes encontrara-se com o Pontífice.

Um Bento XVI até então desconhecido

Desta vez, os veículos de comunicação não viram a habitual timidez do Papa; pelo contrário, puderam conhecer seu lado mais íntimo, especialmente quando o viram ajoelhar-se, em 12 de maio, diante de Nossa Senhora, na Capelinha das Aparições de Fátima.

O redator de informação religiosa do Le Figaro, Jean-Marie Guénois, que esteve a poucos metros de Bento XVI neste momento, imortalizou estes minutos em que o Pontífice ofertou uma Rosa de Ouro à Virgem.

"Inclinou-se, como que transformado, no momento em que seu assistente lhe trouxe o famoso presente, para que o colocasse aos pés da imagem. Naqueles instantes, já não era um Papa, mas uma criança. Aproximou-se com o sorriso de um menino no dia das mães", escreveu.

"Ao seu redor, cerca de 300 mil pessoas vibravam com ele", lembra o cronista. O momento foi interrompido quando o mestre de cerimônias o tomou delicadamente pelo braço: "E o menino voltou a ser Papa".

Octávio Carmo, da agência católica de notícias portuguesa Ecclesia, presente no voo papal de regresso à Roma nesta tarde de sexta-feira, também escolheu este momento como síntese desta peregrinação: "Esta foi, talvez, a viajem que melhor define o pontificado de Bento XVI: um homem que surpreende as multidões que não o conhecem, mas que se revela especialmente em privado".

A missão de Fátima não terminou

Andrea Tornielli, vaticanista do jornal italiano Il Giornale, destacou as palavras da homilia de 13 de maio, quando o Papa explicava que "iludir-se-ia quem pensasse que a missão profética de Fátima está concluída", considerando que a mensagem da Virgem não se limita ao atentado contra João Paulo II, de 1981.

O próprio Bento XVI reconheceu, durante a coletiva de imprensa concedida a bordo do avião, que o texto do terceiro segredo de Fátima se refere "à necessidade de uma paixão da Igreja, que naturalmente se reflete na pessoa do Papa".

Na quinta-feira, em seu encontro com os bispos portugueses, Joseph Ratzinger falou assim de sua missão à luz de Fátima: "Como vedes, o Papa precisa de abrir-se cada vez mais ao mistério da cruz, abraçando-a como única esperança e derradeiro caminho para ganhar e reunir no Crucificado todos os seus irmãos e irmãs em humanidade".

Tendo demonstrado emoções tão profundas, uma nova etapa do pontificado de Bento XVI se inicia - ao menos para os profissionais de informação religiosa.

Por Jesús Colina
VATICANO, sexta-feira, 14 de Maio de 2010 (ZENIT.org).

Rei Balduíno

«Balduíno era o filho mais velho do rei Leopoldo III da Bélgica e de sua primeira esposa, a princesa Astrid da Suécia, falecida em um acidente de automóvel. O jovem príncipe recebeu poderes reais a partir de 1° de agosto de 1950 e, no ano seguinte, ascendeu ao trono com a abdicação de seu pai, o qual foi um monarca impopular.

«Durante seu reinado, assistiu-se a independência do Congo em 1960, pondo fim à condição da Bélgica como potência colonial. Ainda no mesmo ano, em Bruxelas, Balduíno I casou-se, com a nobre espanhola Fabiola de Mora y Aragón (1928-), filha de dom Gonzalo, marquês de Casa Riera e 2.° conde de Mora. O casal não teve filhos, pois Fabiola, nas cinco vezes em que ficou grávida, sofreu abortos espontâneos.

«Devido às suas convicções católicas, Balduíno I renunciou, entre 4 e 5 de março de 1990, às suas funções como chefe de Estado ao recusar assinar a lei de despenalização do aborto no país. No final julho de 1993, durante uma viagem a uma villa de Motril, na Espanha, o rei sofreu um ataque cardíaco que lhe tirou a vida. Seu corpo foi enterrado na cripta real da Igreja de Nossa Senhora em Bruxelas.

«Balduíno I foi sucedido como rei por seu irmão, Alberto II, antes chamado de príncipe de Liège.»

http://pt.wikipedia.org/

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Cavaco no seu pior!

Cavaco Silva promulgou casamento homossexual

O Presidente da República explicou ao país por que decidiu promulgar a lei do casamento homossexual e lembra que se o diploma fosse vetado poderia voltar a ser aprovado na Assembleia da República.

2010-05-17 20:33:38, RTP

ENCONTRO COM AS ORGANIZAÇÕES DA PASTORAL SOCIAL

***


Queridos irmãos e amigos,

Ouvistes Jesus dizer: «Vai e faz o mesmo» (Lc 10, 37). Recomenda-nos que façamos nosso o estilo do bom samaritano, cujo exemplo acaba de ser proclamado, ao aproximar-nos das situações carentes de ajuda fraterna. E qual é esse estilo? «É “um coração que vê”. Este coração vê onde há necessidade de amor e actua em consequência» (Bento XVI, Enc. Deus caritas est, 31). Assim fez o bom samaritano. Jesus não se limita a recomendar; como ensinam os Santos Padres, o Bom Samaritano é Ele, que Se faz próximo de todos os homens e «derrama sobre as suas feridas o óleo da consolação e o vinho da esperança» (Missal Romano, Prefácio Comum VIII) e os conduz à estalagem, que é a Igreja, onde os faz tratar, confiando-os aos seus ministros e pagando pessoalmente de antemão pela cura. «Vai e faz o mesmo»! O amor incondicionado de Jesus que nos curou há-de converter-se em amor entregue gratuita e generosamente, através da justiça e da caridade, para vivermos com um coração de bom samaritano.

É com grande alegria que me encontro convosco neste lugar bendito que Deus escolheu
para recordar à humanidade, através de Nossa Senhora, os seus desígnios de amor
misericordioso. Saúdo com grande amizade cada pessoa aqui presente e as entidades a
que pertencem, na diversidade de rostos unidos na reflexão das questões sociais e
sobretudo na prática da compaixão, voltada para os pobres, os doentes, os presos, os sós e desamparados, as pessoas com deficiência, as crianças e os idosos, os migrantes, os desempregados e os sujeitos a carências que lhes perturbam a dignidade de pessoas livres. Obrigado, Dom Carlos Azevedo, pelo preito de união e fidelidade à Igreja e ao Papa que prestou tanto da parte desta assembleia da caridade como da Comissão Episcopal de Pastoral Social a que preside e que não cessa de estimular esta imensa sementeira de bem-fazer em Portugal inteiro. Cientes, como Igreja, de não poderdes dar soluções práticas a todos os problemas concretos, mas despojados de qualquer tipo de poder, determinados ao serviço do bem comum, estais prontos a ajudar e a oferecer os meios de salvação a todos.

Queridos irmãos e irmãs que operais no vasto mundo da caridade, «Cristo ensina-nos
que “Deus é amor” (1 Jo 4, 8) e simultaneamente ensina-nos que a lei fundamental da perfeição humana e, consequentemente, também da transformação do mundo é o novo mandamento do amor. Portanto aqueles que crêem na caridade divina têm a certeza d’Ele que a estrada da caridade está aberta a todos os homens» (Conc. Ecum. Vaticano II, Const. Gaudium et spes, 38). O cenário actual da história é de crise sócio-económica, cultural e espiritual, pondo em evidência a oportunidade de um discernimento orientado pela proposta criativa da mensagem social da Igreja.

sábado, 15 de maio de 2010

Ontem com hoje...

«Estamos perdidos há muito tempo…
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os carácteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: “o país está perdido!”
Algum opositor do actual governo?… Não!» 


Eça de Queirós - 1871

Mal cheira a cadáver

E logo começam a sobrevoar em círculos em torno do possível repasto...


Fonte: IOL

Portugal e o socialismo!

Velharias do meu baú



Yes - Owner Of a Lonely Heart

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Rumores para todos os gostos

Na sequência deste post, e atendendo também ao estado de nervos do Paulo Novais, aqui vai o esclarecimento, agora alicerçado na garantia de qualidade que o Big Sousa empresta ao blogue Dor no Menisco

Há algumas semanas correu um rumor de que o Benfica estava na iminência de perder pontos por causa da inscrição irregular de Kardec. A maior tanga de 2010, facilmente comprovada através dos registos da CBF, que só alguns jornais se deram ao trabalho de consultar. Agora, impulsionados por uma notícia da Benfica TV, alguns órgão de comunicação social asseguraram que um adepto morreu na sequência dos desacatos em Braga, durante os festejos do título do Benfica naquela cidade. A fonte é um canal de um clube. Até pode ter fundo de verdade ou não ter ponta por onde se lhe pegue. Para o caso parece que isso não interessou minimamente a quem, ao arrepio do bom senso e das regras deontológicas, não se deu ao trabalho de confirmar a notícia, de lhe dar rosto ou de explicar aos leitores as circunstâncias em que alegada morte se deu. Até isso ser feito, não passa de um rumor. «Empurrar» a coisa para a Benfica TV e assobiar para o ar é que não pode ser. Não se brinca com a morte. É um assunto demasiado sério.

Pensamento do dia

Com tanta mulher boa que há por aí, não sei porque é que andam a violar o segredo de Justiça.
Fonte: obrigado pelo email Novata 
Nota: a traseira do avião acima pertence a esta moçoila.
 

Não ficamos sózinhos...

Esta foi muito bem tirada.
Li isto num blogue que acompanho (embora confesse que me faz engordar) e tive que "gamar".


Nota de desculpas:  Desculpem os bracarenses (esta á à moda do Passos Coelho) mas está quase a passar-me esta febre.

Braga campeão na secretaria?

via Farricoco.

A BOMBA VAI REBENTAR !!!!!!

Assunto: Benfica pode perder 9 pontos (passa a mensagem!)


BENFICA PODE PERDER 9 PONTOS .
Alan Kardec jogou em 3 clubes numa só época!!
Esta notícia tem sido abafada por toda a comunicação social por forma a não
tirar ao "melhor benfica dos últimos 30 anos" o título de campeão nacional.
A verdade é que Alan Kardec, jogador brasileiro de 21 anos contratado pelo
em Janeiro, participou ilegalmente em três jogos do campeonato
nacional da presente época e por isso o SLBenfica deverá ser penalizado com
a perda de 9 pontos.
Alan Kardec (foto ASF)
O que se passa é simples:
* O último jogo de Alan Kardec pelo Vasco da Gama foi no dia
29-08-2009;
* Alan Kardec fez o seu último jogo pelo Internacional a 01-11-2009;
* Alan Kardec jogou o seu primeiro jogo pelo Benfica no dia
24-01-2010.
O artigo 5º do Estatuto e Transferência de Jogadores da FPF é claro no que
diz respeito a estes casos e diz:
«(...)
III. INSCRIÇÃO DE JOGADORES
Artigo 5º Inscrição
1. Um jogador tem de estar inscrito numa Federação para poder jogar por um
clube, quer como Profissional quer como Amador, de acordo com as disposições
do Art.º 2º. Apenas os jogadores inscritos são qualificáveis para participar
no Futebol Federado. Pelo acto de se inscrever, o jogador aceita respeitar
os Estatutos e a regulamentação da FIFA, das confederações e das Federações.
2. Um jogador só pode estar inscrito por um clube de cada vez.
3. Os jogadores podem ser inscritos por um máximo de três clubes durante o
período compreendido entre 1 de Julho e 30 de Junho do ano seguinte. Durante
este período, o jogador só é qualificável para participar em Jogos Oficiais
por dois clubes.»
Casos semelhantes como o de Meyong no Belenenses ou o tão célebre caso
Mateus, que levou o Gil Vicente a descer de divisão, tiveram grande impacto
mediático e graves consequências para os visados.

"A Igreja nada impõe, só propõe"

Bento XVI a dizer o óbvio, embora me pareça que muitos só estarão dispostos a desarmar quando a proposta de vida da Igreja for semelhante à da ILGA.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Só por teres tido a honestidade de pedir desculpa...



Por mim, estás desculpado.

Porque sou ferveroso devoto de Fátima

 


Jorge Aragão - Avé Maria de Gounoud

Um farol, dizia eu, antes de derivar para assuntos tristes

«Um povo, que deixa de saber qual é a sua verdade, fica perdido nos labirintos do tempo e da história, sem valores claramente definidos, sem objectivos grandiosos claramente anunciados.

Esta é uma hora que reclama o melhor das nossas forças, audácia profética, capacidade renovada de «novos mundos ao mundo ir mostrando», como diria o vosso Poeta nacional»

Bento XVI, no CCB

O João Miranda, do Blasfémias, anda inspiradíssimo (talvez porque, ao contrário do que se disse, o liberalismo não morreu, bem pelo contrário)

Sobre um lugar-comum que sempre sai da boca dos nossos políticos quando os nossos governos fazem aquilo que melhor sabem fazer (merda), neste caso saído da boca de Pedro Passos Coelho:

Passos Coelho defende que sacrifícios não devem excluir Estado nem privados [notícia do Público]

«O Público e o Privado foram jantar fora. O Público comeu lagosta, o Privado carapaus. No fim descobriram que o dinheiro não chegava para pagar a conta. “Vamos ficar os dois a lavar pratos”, disse o Público. “Ambos temos que fazer sacrifícios”.»

Ah, já me esquecia....

E algo me diz (não aposto na absolvição, porque é discutível, mas defendê-la-ei se ela acontecer) que aquele senhor socialista que se recusou a falar na comissão de inquérito está no seu direito.

Só para avisar os incautos...

Aquele senhor socialista que "gamou" os gravadores aos jornalistas que o entrevistavam não cometeu qualquer crime de furto...

Depois, quando ele for absolvido, admirem-se e venham cá dizer mal da justiça...

Mãe, esse poceirão em que se transformou Portugal está bonito, está...

... Mais cedo do que te tinha dito, parece que o escolhido nesta primeira fase foi o subsídio de Natal. É uma questão de tempo, vai acabar.

E o pior é que parece que vai "começar a acabar" para continuar a financiar a enorme quantidade de merda que os nossos governantes ainda não fizeram. O monstro já nos está a comer.

Valha-nos ao menos (financeiramente, só) a "sorte" de passarmos a ser governados pela dupla... Merkel/Sarkozy. Sócrates já não é o Primeiro-Ministro mais mentiroso da história de Portugal, é, cada vez mais, apenas, o maior mentiroso da história de Portugal.

Um beijo

quarta-feira, 12 de maio de 2010

"Uma racionalidade moldada pela ética" - a doutrina social da Igreja e a crise dos mercados, segundo Bento XVI

É sempre bom colocarmos as ideias em ordem:

"Toda a tradição da doutrina social da Igreja busca ampliar o sentido ético e o da fé, para, além do indivíduo, abordar a responsabilidade do mundo, e uma racionalidade ‘moldada' pela ética. Os últimos eventos ocorridos no mercado, ao longo dos últimos dois ou três anos, têm demonstrado que a dimensão ética está circunscrita e deve estar inserida no agir económico".

"Apenas dessa forma a Europa cumprirá sua missão"

Bento XVI

Um pontificado de clarividência e de humildade

"(...) a maior das perseguições contra a Igreja não advém de inimigos externos, mas nasce do pecado no seio da Igreja, e a Igreja, portanto, tem uma profunda necessidade de reaprender a penitência, de aceitar a purificação, de aprender, por um lado, o perdão, mas também a justiça. O perdão não substitui a justiça."

Bento XVI, a caminho de Portugal.

Tenho acompanhado com a atenção possível a visita de Bento XVI a Portugal, bem como as últimas notícias sobre os escândalos que envolvem alguns membros da Igreja. E não tenho dúvida absolutamente nenhuma de que, pela cabeça de Joseph Ratzinger, terá passado, muitas vezes, a ideia de uma qualquer teoria da conspiração, a propósito destes casos (que, na sua maioria, não são novos).

Ora, esta declaração sobre os perigos que a Igreja enfrenta, mas também sobre o que precisamos todos de aprender (sempre) sobre o perdão e sobre a justiça constitui(apenas mais um) sinal de que estamos perante uma pessoa muito especial.

Parece-me, aliás, cada vez mais evidente que, se as marcas de João Paulo II foram o seu carisma e uma afirmação verdadeiramente personalista e cristã do conceito de liberdade, as "marcas" do pontificado de Bento XVI podem bem ser a humildade e a clarividência, num mundo de egotismo, de destruição, mas sobretudo de muitas incertezas.

Timidamente, os que torceram o nariz a Joseph Ratzinger, vão-se rendendo ao pontificado de Bento XVI, um homem que tende a brilhar mais intensamente quando todos à sua volta mais precisam de uma referência. Um farol, sempre pronto a indicar urbi et orbi o caminho de um porto seguro, sem abdicar nunca da identidade da Igreja.

Simpatize-se ou não com as ideias ou com a fé de Joseph Ratzinger, o facto é que Bento XVI é, sem dúvida (e como muito bem disse o nosso Presidente da República) uma referência incontornável do nosso tempo.

Laicidade positiva

***

"De uma visão sábia sobre a vida e sobre o mundo deriva o ordenamento justo da sociedade. Situada na história, a Igreja está aberta a colaborar com quem não marginaliza nem privatiza a essencial consideração do sentido humano da vida. Não se trata de um confronto ético entre um sistema laico e um sistema religioso, mas de uma questão de sentido à qual se entrega a própria liberdade. O que divide é o valor dado à problemática do sentido e a sua implicação na vida pública. A viragem republicana, operada há cem anos em Portugal, abriu, na distinção entre Igreja e Estado, um espaço novo de liberdade para a Igreja, que as duas Concordatas de 1940 e 2004 formalizariam, em contextos culturais e perspectivas eclesiais bem demarcados por rápida mudança. Os sofrimentos causados pelas mutações foram enfrentados geralmente com coragem. Viver na pluralidade de sistemas de valores e de quadros éticos exige uma viagem ao centro de si mesmo e ao cerne do cristianismo para reforçar a qualidade do testemunho até à santidade, inventar caminhos de missão até à radicalidade do martírio."

Excerto do discurso que o Papa Bento XVI pronunciou, ao chegar ao aeroporto internacional de Portela (Lisboa), em presença do Presidente da República de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, do Patriarca de Lisboa, cardeal José da Cruz Policarpo, e outras autoridades civis e eclesiais.