sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Aprender com as crianças - o casamento dos homossexuais

Fiz questão de não me pronunciar muito sobre a discussão do casamento dos homossexuais porque, sinceramente, não me pareceu que ela fosse muito relevante. Assim sendo, limitei-me a agir (não agindo) em conformidade.

Eu acho que a união entre duas pessoas do mesmo sexo não é um casamento, porque um casamento, desde tempos imemoriais (muito antes das religiões como as conhecemos hoje ou de o Estado se apropriar das instituições), foi sempre um instituto jurídico que tinha por objectivos, fundamentos e razão de existir a protecção de bens jurídicos que não eram susceptíveis de serem protegidos abrindo o instituto a pessoas do mesmo sexo: falo da continuação da prole, da conservação das pessoas e património, da protecção dos laços familiares inter-geracionais, da organização básica da vida em sociedade, da formatação do mais antigo sistema de segurança social do mundo, de um protótipo de sitema de defesa e de produção... e sim, da procriação, obviamente.

Por isso, sempre defendi que a união civil entre pessoas do mesmo sexo não deveria chamar-se casamento.

Mas, e daí? Ia perder tempo a discutir por causa do nome da coisa? Se houvesse liberdade de testar, se um homossexual em estado terminal não pudesse ficar privado de receber a visita do seu companheiro e amante de toda a vida porque os familiares não aceitam a sua escolha, se o arrendamento se transmitisse à pessoa que partilhou a vida com qualquer ser humano (ou se não se transmitisse em caso algum, a não ser que tal estivesse previsto no contrato), eu era capaz de investir 20 minutos a discutir a importância do rigor na escolha do nome da coisa. Assim, não. Há coisas mais importantes na vida do que uma lei tecnicamente má.

Hoje passeava pela blogosfera e percebi que A Vida é Bela, também, pela facilidade com que as crianças inteligentes e bem formadas conseguem simplificar algumas coisas que nós, "os adultos", tendemos a complicar. Por isso, mando daqui um abraço ao puto da Raquel, que disse à mãe o que eu não conseguiria explicar melhor.

Simples, conciso, claro, lógico, focado no essencial. E, quanto a mim, certo. Ganda puto!

47 comentários:

Anónimo disse...

Rui:

Se neste mundo, o da blogosfera, fosse possivel visualizar o rosto de uma mãe "babada", percebia o quão orgulhosa estou pelo facto de um "ganda puto", ensinar ou poder ensinar os adultos.

Mediante este fantástico elogio, senti necessidade de chamar o pai, que igualmente contribui para a formação deste puto e ambos comentamos:

Procriar é isto ,é dar e receber!

Obrigada, muito obrigada!

Não vou dar opiniões sobre mais nada, pois estou "focada" no que é "essencial" neste post.

Mais uma vez, agradeço a referencia ao meu humilde blogue...e numa coisa estamos de acordo..A Vida é Bela!

Bem hajam os homens da Rua do Souto!
;)

Paulo Novais disse...

Em dois pontos concordo contigo:
- a união entre pessoas do mesmo sexo não devia chamar-se "casamento".
- os direitos legais concedidos ao casamento entre um homem e uma mulher há muito deviam já estar acautelados para os homossexuais ou casais heterossexuais a viver em união de facto. E refiro-me a direitos tão básicos como o acesso ao sistema de saúde do companheiro(a), à herança dos bens de uma vida em comum só para citar alguns.

Esta era a parte boa. Agora aquilo em que discordamos:
- o acesso à adopção por casais homossexuais.
- pela mesma ordem de ideias, à procriação.

Não só não acho que a sociedade esteja preparada para lidar com filhos (adoptados ou não) de casais de homossexuais, como acho irresponsável fazê-lo sem termos dados concretos sobre o impacto de uma situação dessas, não só na formação da personalidade da criança, como, ainda mais importante, no imediato sobre a sua personalidade. Como não sei se é pior a emenda do que o soneto, prefiro que se trabalhe antes sobre como melhorar e acelerar o processo de adopção que actualmente é simplesmente ridículo.

Mas que o o puto da Raquel nos faz pensar, isso faz. Há puto...

Anónimo disse...

Quem não se casa não pode ter os mesmos direitos de quem se casa.

Nuno Oliveira disse...

Quando li o post da Raquel, passei por cima daquilo que aparentemente vos espanta.
Sem menosprezar o rapaz, eu fico espantado é com o vosso espanto. Que ele esteja atento ao que se passa ao seu redor, parte é normal nas crianças, parte é da educação e parte será do interesse próprio por aquilo que o rodeia.
O meu espanto prende-se com a vossa capacidade de perceber que quando nascemos somos um quadro em branco. Sem preconceitos. Sem preconceitos que os nosso pais nos vão incutir. Sem preconceitos que a sociedade nos irá incutir.

Digo que me espanta embora não me espante. Porque vejo todos os dias as pessoas brotarem das suas bocas ideias preconcebidas que nunca analisaram pessoalmente. Tomam como certo aquilo que é "cultura geral".
Preferem a segurança do conceito social sem questionar a bondade do mesmo.

Este tema do casamento é muito polémico. Talvez fosse interessante voltarem todos às origens, apagarem todos os "conceitos sociais" que possuem e voltarem a reescrever a vossa própria personalidade, mas desta vez analisando e reconstruindo tudo sózinhos. Iriam descobrir que todas as certezas que possuem podem ser questionadas. E todos os argumentos baseados em alicerces sociais são muitas vezes de uma estrutura tão frágil que irão pensar como é que alguma vez acreditaram em tamanhas patranhas...

Anónimo disse...

Não há nada como relativizar tudo para se mostrar que é-se esperto.

Anónimo disse...

Nuno Oliveira:

Deixe-se de filosofias!

As coisas não são assim tão simples.
A sociedade está criada com base em valores.
Por mais que queiramos combater existem determinados contextos , que não podem mudar, essa mudança is criar aberrações!
Falamos de sentimentos ,de valores, de PESSOAS!

Todos têm direito a amar e serem amados, mas cada um dentro do seu meio, do seu contexto!
Não podemos chamar casamento a outro acto similar, pois o casamento existe para o homem e mulher.

Usando as palavras da Raquel eu diria que o seu pensamento é o da "vanguarda", diga-me que preencheu o seu quadro com ideias suas e não preconcebidas!!

Nuno Oliveira disse...

Caro anónimo,

Tenho dificuldade em discutir com quem não assina o que escreve. De qualquer modo, irei tentar.

Todas as ideias vanguardistas provém de filosofia.

As coisas são extremammente simples. As pessoas é que as complicam para justificar a sua inércia.

Os valores da sociedade são criados por pessoas. Logo também podem ser alteradas por pessoas.

Tudo é mutável. Aberração é a palvra mais utilizada pelos preconceituosos.

Eu, quando falo de sentimentos, falo dos sentimentos de todos e não apenas das maiorias.

O meio a que se refere deve estar escrito nas pedras pela mãe natureza. Quando encontrar essa pedra ou pedras com as leis imutáveis da sociedade mande-me um postal para eu ver e ler com os meus próprios olhos.

Quem foi o autor da palavra casamento? Como é que sabe a que é que ele(a) se referia? Ou será que o que sabe é o conceito imposto pela igreja cristã e pela sociedade em que vive?

Você não pode chamar casamento à união entre duas pessoas do mesmo sexo. Mas eu posso. Porque não sofro nem padeço de cegueira social.

O que é que chama à união da minha tia de 70 anos com o respectivo noivo de 72? É que eles não estavam a tentar procriar...

Quanto ao meu quadro, todos os dias apago e escrevo nele. E você? Alguma vez teve autorização para apagar alguma coisa?

Responda-me só a uma coisa:

Se dois homens ou duas mulheres se casarem, em que é que isso afecta todos os outros casais "normais"? Para além do choque do acto aberrante, é claro...
Aonde é que a liberdade do casal homossexual interfere com a liberdade do casal heterossexual?

Paulo Novais disse...

Ena Nuno. Até que enfim te vejo com as garras de fora.

Quem está menosprezar aqui alguém, acho que és tu. Então não é normal que alguém, depois de tanto se discutir o tema da adopção de crianças por homossexuais, ache que as coisas vistas por uma criança são tão simples e objectivas?
Claro que é tão simples como diz o "puto". E tão puro.
Mas, claro, depois vem a nossa experiência de vida, a nossa personalidade, os nossos preconceitos e complicamos tudo. E eu que o diga. Pois concordando completamente que as uniões de facto possam usufruir em igualdade de circunstâncias os direitos (e obrigações, claro) dos casamentos, não concordo de forma alguma que se possa sequer considerar a adopção sem se saber quais as consequências. Aliás já o disse no meu comentário anterior.
Mas que foi bonito, através de um "puto", ver o que realmente poderia ser a sociedade, e não apenas na questão da adopção, mas na generalidade, isso foi. Porque afinal, quantas vezes perdemos sequer tempo e olhar a vida de uma forma tão simples.

Nuno Oliveira disse...

Adenda:

Vamos aproveitar para discutir a poligamia também, que diga-se de passagem, me afectaria mais...

Paulo Novais disse...

"O que é que chama à união da minha tia de 70 anos com o respectivo noivo de 72? É que eles não estavam a tentar procriar..."

Se for uma união civil ou mesmo religiosa, chama-se casamento.

Nuno Oliveira disse...

Caro Paulo,

Vou inverter o argumento.

Se todos encarássemos a homossexualidade como normal, o crescimento de uma criança num seio de um casal do mesmo sexo seria natural. O crescimento da criança desprovido do respectivo preconceito seria absolutamente normal.

E as teorias de ter 2 pais ou 2 mães serão válidas apenas para aqueles que não conseguem ultrapassar o seu preconceito.

Se se defende a homossexualidade como normal, que se explica ao filho que é homossexual? És normal mas não és como os outros? Ou és normal mas não tens os mesmos direitos que os outros?
Ou tens os mesmos direitos mas chama-se de forma diferente?

Ao mesmo tempo que compreendo as dificuldades de se tentar igualar os direitos de todos numa sociedade fechada sob o jugo do preconceito, também defendo que o rompimento tem de ser feito. Sofrimento? Irá haver. Mas não será causado pelos defensores da igualdade mas por aqueles que não se libertam da ideia que conheceram toda a vida e não a questionam porque pura e simplesmente não querem.

Nuno Oliveira disse...

"Se for uma união civil ou mesmo religiosa, chama-se casamento."

Mas Paulo!?! Os puristas do casamento defendem que a união de dois homossexuais não pode ser casamento porque não há procriação e por consequência não há família!

Agora sou eu que não compreendo...

Do ponto de vista dos puristas, devemos "despromover" o casamento heterossexual a união a todos os casais inférteis.

P.S: Referi-me a esse casamento da minha tia porque realmente aconteceu. E na altura não passou pela cabeça de ninguém questionar quantos filhos é que iam ter e se poderia se chamar casamento.
Com isto apenas saliento que a discussão acontece apenas e somente por puro preconceito. Que eu acho aberrante :p

Nuno Oliveira disse...

"Quem está menosprezar aqui alguém, acho que és tu."

Caro paulo,
Peço desculpas pela primeira resposta mas ainda estava lançado na resposta ao anónimo.

Acertaste em cheio. Eu estou a menosprezar o espanto com que as pessoas encaram a simplicidade da resposta. Não o rapaz. Ele estará (para alguns) no caminho certo. Se me surpreende? Não. Ele ainda não teve tempo de sofrer a lavagem cerebral social. A verdade dele neste momento permanecerá com muita perseverança dos pais no combate à imposição social. Também não é porque a sua explicação simples vai de encontro às minhas. O valor que eu lhe atribuo é bem importante porque revela a natureza do ser humano antes de ser "conspurcada" pela natureza social.

Anónimo disse...

Agora que decidi, não mostrar este post ao meu filho...

Quero dizer isto:

O que é natural tem muita força, quer queiramos , quer não!
Fomos criados com a capacidade de amar e de nos procriarmos!
Dois factos que se detinguem da seguinte forma...no primeiro (o amor)é aceitavél entre duas pessoas do mesmo sexo, no segundo na procriação é imprescindivel a existencia do homem e da mulher!
Vou ser cruel e dizer isto!
Respeito a união de homossexuais e não pelo casamento!!
por razões muito complexas de foro sociologico, psicologico e emocional é inaceitavel a adopção de crianças por casais homossexuais!!

Nuno Oliveira disse...

Raquel,

Podemos discutir a poligamia se isso a satisfaz mais. Pelo menos é natural :p

P.S.: E não se esqueça, como machista que sou, que um homem pode engravidar várias mulheres ao mesmo tempo mas uma mulher só pode engravidar de um homem de cada vez... haha

Anónimo disse...

Que tipo de poligamia quer discutir NunO?

Nuno Oliveira disse...

Hmmm

Podemos discutir aquela em que eu tenho várias mulheres obedientes mas elas só me podem ter a mim? :p

Anónimo disse...

Nuno:
Mais uma vez, vou mostrar-lhe algo de que vai gostar!
Um blogue fantástico e de alguem de quem estimo muito!
Concentre-se no que aqui é "pedido" e diga-me se não é o seu estilo...
delicie-se por favor..

http://ireflexoes.blogspot.com/2010/01/vale-pena-pensar-nisto.html

isto não invalida o facto de um dia podermos discutir a "sua" poligamia!

Paulo Novais disse...

Vamos lá por partes Nuno.

"Se todos encarássemos a homossexualidade como normal..."

Se todos o fizéssemos, eu e tu não estávamos aqui a discutir isto, certo? Não é isso que está em causa.

"...que se explica ao filho que é homossexual?"

Com esta arrasaste-me Nuno. Sinceramente. Seja em que circunstância for, em maioria, em minoria, ao frio ou ao sol, diz-se no mínimo: - "és meu filho, não importa nada mais. Para o melhor e para o pior. E serás sempre normal aos meus olhos".

"...também defendo que o rompimento tem de ser feito. Sofrimento? Irá haver. Mas não será causado pelos defensores da igualdade mas por aqueles que não se libertam...".

O sofrimento é sempre causado por quem o inflige. Não sacudas a água do capote, meu caro. Queres ser radical, tem a coragem de assumir as consequências.

Estás a radicalizar os teus pontos de vista. Fazes lembrar-me uns quantos anónimos que temos tido como visita. Sinceramente.

Paulo Novais disse...

"Os puristas do casamento defendem que a união de dois homossexuais não pode ser casamento porque não há procriação e por consequência não há família!"

Eu é que não entendo? Onde foste buscar a ideia de que eu sou purista do casamento?

Um homem e uma mulher podem perfeitamente casar tendo decidido nunca vir a ter filhos. Ora essa.
E os homens e mulheres que não podem ter filhos? Seja por doença ou qualquer outro motivo?

Anónimo disse...

"Tudo é mutável. Aberração é a palvra mais utilizada pelos preconceituosos."

Ou pelos que querem sociedades estáveis.

Anónimo disse...

"Os puristas do casamento defendem que a união de dois homossexuais não pode ser casamento porque não há procriação e por consequência não há família!"

Os "puristas" antes de dizerem isso, dizem que o casamento de homossexuais vai contra a tradição do casamento, que é o seu melhor argumento.

Nuno Oliveira disse...

Caro Paulo,

Agora sou eu que peço para irmos por partes. hehe

Nunca te chamei de purista. A minha referência foi feita aos puristas quando acrescentava à tua resposta.

O que está em causa é precisamente se a homossexualidade é para ser considerada normal ou não. Como dizes, se assim fosse considerada nada disto se discutiria, e por conseguinte todas as questões adjacentes nunca seriam colocadas. Seria tudo natural... ou aceitável será o termo correcto para não confudir com a Natureza. Embora defenda que é perfeitamente aceitável não sei se alguma vez acharei um comportamento natural. Mas como não vejo contras não discrimino. Pode ser fruto de preconceito também. Não o colocarei de parte.

Posso aceitar culpas no que toca ao sofrimento das crianças por serem lançadas num mundo hóstil. Mas esse mundo hóstil é o que combato e por conseguinte estou do seu lado para as ajudar a ultrapassá-lo. Desse modo culpabilizo quem as magoa directamente e não me sinto de consciência pesada por querer defender a felicidade de quem, por ser minoria, é vítima de preconceito. Ninguém disse que a vida era um mar de rosas. Mas também nada impede que lutemos para que se assemelhe cada vez mais. Posso estar errado em todas as minhas opiniões. Mas até hoje ainda ninguém me fez ver isso. Só posso esperar que não.

Quanto a ser radical, há duas maneiras de poder responder. Uma mais simplista e com a qual sim, me assemelharia com os tais anónimos, é que combater radicalismos só com radicalismo.
Mas aquilo que eu defendo não é radical. Apenas retiro do contexto todo o preconceito. E soa a radical porque recuso como válidas justificações dadas por mentes cheias de ideias pré-concebidas. Na maior parte dos casos não são sequer as suas ideias e sim aquelas com que cresceram e nunca questionaram. E quando ouvem ideias que contrastam com as suas, estremecem os alicerces que lhes dão conforto e há uma tentativa de recusar o que é diferente. E soa-lhes a radical. Mas no fundo não é.

Nuno Oliveira disse...

Caro anónimo das 18:27,

São as pessoas que querem estabilidade que não permitem a evolução. Preferem a inércia ao desenvolvimento. Preferem o conforto do que conhecem por temerem a incerteza do futuro. São os mesmas que defendem as mudanças depois de serem feitas e provadas que afinal não eram más. Contra novas mudanças.

Nuno Oliveira disse...

Caro anónimo das 18:30,

Em tom de brincadeira, a tradição já não é o que era. Será que é bom? Será que é mau?
É aquilo que define que queimar os hereges em fogueiras é errado. Que a escravatura é errada. Que as mulheres devem ter os mesmos direitos que os homens.
A tradição já não é o que era... bom ou mau?

Anónimo disse...

Mas qual evolução? A evolução que vai no sentido do caos? Não, obrigado!

Anónimo disse...

Você tem que provar que a tradição de só os casais heterossexuais casarem é má para depois poder mudá-la.

Nuno Oliveira disse...

"Anónimo disse...
Mas qual evolução? A evolução que vai no sentido do caos? Não, obrigado!"


A evolução que me refiro é a obtenção de direitos iguais para as minorias.

Qual caos? Tento entender o seu ponto de vista mas não consigo encontrar nada que implique o caos a que se refere...
Exemplefique e talvez me consiga convencer. Talvez até me pudesse "moderar" e assim não parecer radical.

Ou então pense no caos da vida dos seus amigos e familiares que poderão estar ou vir a estar sujeitos à discriminação que defende.


"Você tem que provar que a tradição de só os casais heterossexuais casarem é má para depois poder mudá-la."

Acho que essa tradição ser limitada a um grupo de pessoas só por serem a maioria é má. Que prova maior precisa?

Agora reverto-lhe o ónus da prova: prove-me que a discriminação que defende não é má.

Eu tenho que admitir uma certa falta de capacidade de entender de que é que têm medo. Já admitem que os homossexuais se podem juntar. Ou talvez não têm coragem para impedi-lo.
Agora refugiam-se (e nesse aspecto também acuso os homossexuais) num termo. Numa reles palavra. Não sabem quem foi o primeiro a casar-se. Mas sabem o que o termo representa. Saberão se o primeiro que lhe chamou casamento concorda convosco?

No meio desta luta eu apenas defendo o fim da discriminação. E não vejo em que é que isso possa afectar os heterossexuais. A sua vida continua como sempre e não ganham nem perdem direitos. Não entendo...

Anónimo disse...

"A evolução que me refiro é a obtenção de direitos iguais para as minorias."

Qual é a evolução que existe em achar o que é diferente igual?

"Qual caos? Tento entender o seu ponto de vista mas não consigo encontrar nada que implique o caos a que se refere..."

O avacalhamento das instituições basilares duma sociedade não implica o caos?


"Exemplefique e talvez me consiga convencer. Talvez até me pudesse "moderar" e assim não parecer radical."

Porque é que a minoria dos muçulmanos poligâmicos não podem ter casamentos poligâmicos, na nossa sociedade? Isto não é uma forma de discriminação para com uma minoria que só merece o nosso respeito, tolerância, amor e etc?


"Acho que essa tradição ser limitada a um grupo de pessoas só por serem a maioria é má."

Mas quem lhe disse a si que essa tradição é limitada só a um grupo de pessoas por causa que estas estão em maioria? Não será antes por causa de que só os casais heterossexuais poderem gerar filhos e providenciarem um ambiente normal para as crianças crescerem?

"Que prova maior precisa?"

Como pode ver, preciso de outra maior.


"Agora reverto-lhe o ónus da prova: prove-me que a discriminação que defende não é má."

Para a sociedade não é má pois a sociedade ao dizer que só os heterossexuais podem casar declara que só a família clássica é a pedra basilar da sociedade, e assim tem sido desde dos primórdios da humanidade até hoje. É uma questão de respeitar a verdade.

Anónimo disse...

"Eu tenho que admitir uma certa falta de capacidade de entender de que é que têm medo."

Temos medo da desestruturação da sociedade, numa palavra, do caos.


"Já admitem que os homossexuais se podem juntar. Ou talvez não têm coragem para impedi-lo."

É mais é razão para impedi-lo.


"Agora refugiam-se (e nesse aspecto também acuso os homossexuais) num termo. Numa reles palavra.

Que simboliza a célula em que a sociedade está fundada, o que há-de convenhir que não é pouco.


"Não sabem quem foi o primeiro a casar-se."

Quase de certeza de que foi um casal heterossexual pois a sociedade depende, e não é pouco, da heterossexualidade.

"Mas sabem o que o termo representa. Saberão se o primeiro que lhe chamou casamento concorda convosco?"

Como pode ver, temos quase a certeza que sim. E você tem quase a certeza que não?

Nuno Oliveira disse...

Caro anónimo,

"O avacalhamento das instituições basilares duma sociedade não implica o caos?"

O senhor vive num país onde o avacalhamento é feito todos os dias pelo atropelo constante dos direitos de todos os cidadãos, onde o respeito pela propriedade de todos é totalmente inexistente.

A pedra basilar a que se refere é uma imposição de religiões monogâmicas que professam a pobreza enquanto se vestem bordados a ouro.

A família que você defende está em frangalhos porque falhou a imposição de uma monogamia com regras rígidas.

Porque o ser humano não é todo igual e não está para se sentir preso a regras que só fazem sentido em mentes retrógadas e cheias de teias de aranha que ainda não perceberam que viver em sociedade não tem que implicar a infelicidade.

O ser humano, quaisquer que sejam as suas opções sexuais, religiosas, clubistas ou de outra ordem tem os mesmos direitos à felicidade.

"Não será antes por causa de que só os casais heterossexuais poderem gerar filhos e providenciarem um ambiente normal para as crianças crescerem?"

Não! Porque o senhor não se importou quando a minha tia de 70 se casou. O senhor nem soube que ela se casou porque não foi notícia. Porque não havia preconceito. E garanto-lhe que ela não gerou filhos e era bastante "normal" como o senhor o define. Definição de normal que para o senhor depende do preconceito.

"Como pode ver, preciso de outra maior"

O senhor não precisa de provas. Provas existem quantas quiser. Precisa é de conseguir ver para além do seu umbigo.

"Para a sociedade não é má pois a sociedade ao dizer que só os heterossexuais podem casar declara que só a família clássica é a pedra basilar da sociedade, e assim tem sido desde dos primórdios da humanidade até hoje. É uma questão de respeitar a verdade."

O respeito conquista-se respeitando os outros.
Quanto a respeitar a verdade, abra os olhos e vá estudar a história da humanidade antes de vir despejar conceitos que não domina. Acaba de revelar que não faz a mínima ideia do que são sociedades matriarcais ou poligâmicas. Que existiram ao longo dos tempos até aos dias de hoje. Até no mundo ocidental. Muitos existiram na clandestinidade devido a uma igreja cristã composta pelos filhos da nobreza que não herdavam nada.

Os pilares basilares da sociedade que o senhor defende foram até há 70/80 anos aqueles que diziam que qualquer mulher solteira acima dos 20 era velha para constituir família.

Ainda bem que existem pessoas com a capacidade de ultrapassar a santa hipocrisia que grassa pelos preconceituosos e que me permitem viver num mundo menos imperfeito no que toca a direitos sociais.

Anónimo disse...

"O senhor vive num país onde o avacalhamento é feito todos os dias pelo atropelo constante dos direitos de todos os cidadãos, onde o respeito pela propriedade de todos é totalmente inexistente."

Então não contribuamos com mais avacalhamento, respeitemos a instituição casamento.

"A pedra basilar a que se refere é uma imposição de religiões monogâmicas que professam a pobreza enquanto se vestem bordados a ouro."

A família é uma imposição de religiões monogâmicas que professam a pobreza enquanto se vestem bordados a ouro? Essa é boa!


"A família que você defende está em frangalhos porque falhou a imposição de uma monogamia com regras rígidas."

Não, está em frangalhos porque os tempos não estão bons para as famílias, tanto em termos económicos como sociais.


"Porque o ser humano não é todo igual e não está para se sentir preso a regras que só fazem sentido em mentes retrógadas e cheias de teias de aranha que ainda não perceberam que viver em sociedade não tem que implicar a infelicidade."

Você fala como se as pessoas fossem obrigadas a casarem-se, o que é ridículo.


"O ser humano, quaisquer que sejam as suas opções sexuais, religiosas, clubistas ou de outra ordem tem os mesmos direitos à felicidade."

Não quando essa felicidade distorce as instituições basilares.


"Não! Porque o senhor não se importou quando a minha tia de 70 se casou."

Porque o casamento também celebra o amor entre um homem e uma mulher.
Pensei que não tivesse que dizer isto por ser tão óbvio.


"O senhor não precisa de provas. Provas existem quantas quiser. Precisa é de conseguir ver para além do seu umbigo."

Tanto olho para além do meu umbigo que estou preocupado com o caos que se a está instalar nesta sociedade.


"O respeito conquista-se respeitando os outros."

Então faça o favor de respeitar a instituição casamento.

"Quanto a respeitar a verdade, abra os olhos e vá estudar a história da humanidade antes de vir despejar conceitos que não domina."

Eu não sou é lírico...


"Acaba de revelar que não faz a mínima ideia do que são sociedades matriarcais ou poligâmicas."

Sei que não fazem parte da nossa tradição, coisa que você também devia saber já que domina os conceitos todos.


"Que existiram ao longo dos tempos até aos dias de hoje. Até no mundo ocidental. Muitos existiram na clandestinidade devido a uma igreja cristã composta pelos filhos da nobreza que não herdavam nada."

Quando a clandestinidade servir de bussola moral, estamos no caos.

"Os pilares basilares da sociedade que o senhor defende foram até há 70/80 anos aqueles que diziam que qualquer mulher solteira acima dos 20 era velha para constituir família."

O que eu entendo por pilares basilares da sociedade é: a família, o Estado e a religião.

"Ainda bem que existem pessoas com a capacidade de ultrapassar a santa hipocrisia que grassa pelos preconceituosos e que me permitem viver num mundo menos imperfeito no que toca a direitos sociais."

E ainda bem que existem pessoas preocupadas com a estabilidades das sociedades, é de maneira que vivem num mundo menos sem lei nem roque.

Anónimo disse...

*O que eu entendo por pilares basilares da sociedade é: a família, o Estado e a religião; e por isso o que está a dizer não significa nada para mim.

Anónimo disse...

*vivemos

Nuno Oliveira disse...

"Então não contribuamos com mais avacalhamento, respeitemos a instituição casamento."

O maior respeito que pode atribuir à instituição casamento é permitir o seu acesso a todos.

"Não, está em frangalhos porque os tempos não estão bons para as famílias, tanto em termos económicos como sociais."

Acredita mesmo nisso? Deve ser por isso que os ricos nunca se separam...

"Você fala como se as pessoas fossem obrigadas a casarem-se, o que é ridículo."

Ridículo é o senhor ainda não ter percebido a minha ideia. Eu não defendo que são "obrigados". Eu defendo que "têm o direito a".

"Não quando essa felicidade distorce as instituições basilares."

Mais distorcido do que é por si é impossível.


"Porque o casamento também celebra o amor entre um homem e uma mulher.
Pensei que não tivesse que dizer isto por ser tão óbvio."

Óbvio seria terminar a sua frase na palavra "amor".

"Tanto olho para além do meu umbigo que estou preocupado com o caos que se a está instalar nesta sociedade"

Mantenho o que digo. A sua procupação miope não lhe permite ver que a felicidade não é um direito de alguns. É de todos.

"Eu não sou é lírico..."

Apenas inculto...

"Sei que não fazem parte da nossa tradição, coisa que você também devia saber já que domina os conceitos todos."

A tradição não é estática. Creio que neste mesmo espaço já dei exemplos de tradições que hoje o senhor defenderia serem errados. Principios basilares da sociedade antes do caos como o percepciona, suponho. A escravatura, a mulher obediente, etc..

"O que eu entendo por pilares basilares da sociedade é: a família, o Estado e a religião."

Eu entendo a vida como uma passagem com um objectivo: a felicidade.
Dos 3 pilares que referiu, apenas o Estado me permite exercer os meus direitos (discutivel, eu sei...).
Os outros 2 são apenas formas de obtenção da felicidade para quem precisa. Não as queira impor a quem delas não necessita.

"E ainda bem que existem pessoas preocupadas com a estabilidades das sociedades, é de maneira que vivem num mundo menos sem lei nem roque"

Faço minhas as suas palavras.

Quem estará correcto? Daqui a 30 ou 40 anos os meus descendentes farão parte da maioria e os seus, quem sabe?

Anónimo disse...

"O maior respeito que pode atribuir à instituição casamento é permitir o seu acesso a todos."

Desvirtuar uma coisa é respeitá-la?

"Acredita mesmo nisso? Deve ser por isso que os ricos nunca se separam..."

E é por isso que também falei em termos sociais. Não acredito que não percebeu o que eu disse?!

"Óbvio seria terminar a sua frase na palavra "amor"."

Seria óbvio se em algum periodo do passado da humanidade, os casamentos homossexuais fossem tidos como normais.

"Apenas inculto..."

Diz isso a todos ou tem um fraquinho por mim?


"A tradição não é estática. Creio que neste mesmo espaço já dei exemplos de tradições que hoje o senhor defenderia serem errados. Principios basilares da sociedade antes do caos como o percepciona, suponho. A escravatura, a mulher obediente, etc.."

Esses princípios são basilares? Explique-me lá isso. Parece-me que está a confundir "modas" com estrutura.

"Eu entendo a vida como uma passagem com um objectivo: a felicidade."

Muito hedonista da sua parte.

"Dos 3 pilares que referiu, apenas o Estado me permite exercer os meus direitos (discutivel, eu sei...).
Os outros 2 são apenas formas de obtenção da felicidade para quem precisa. Não as queira impor a quem delas não necessita."

Eu não estou a impor nada, estou somente a constatar as instituições basilares que fazem desta sociedade ser o que é.

"Quem estará correcto? Daqui a 30 ou 40 anos os meus descendentes farão parte da maioria e os seus, quem sabe?"

Sim, um pouco de optimismo não faz mal a ninguém.

Nuno Oliveira disse...

"Esses princípios são basilares? Explique-me lá isso. Parece-me que está a confundir "modas" com estrutura"

Eu sei que é conveniente usarmos conceitos consoante as conveniências. Mas posso lhe responder na mesma moeda para falar numa linguagem mais ao seu alcance: O senhor confude a sobrevivência da espécie (i.e. família) com estrutura. Ao lê-lo não consigo deixar de me lembrar de uma biografia que li quando ainda era adolescente. Era a biografia de Galileu. Há uma breve referência a Copérnico, que como deve saber, foi dos primeiros a enfrentar a Igreja num tema científico importante. Ele acreditava que a Terra girava à volta do Sol. E tinha provas para tal. A Igreja mandou-o para a fogueira. Porque as suas heresias deitavam por terra princípios basilares e estruturais da socieddade de então: o Homem como centro do Universo, criado à imagem e semelhança de Deus. A sua família é tão pilar basilar quanto o Sol gira à volta da Terra...

Nuno Oliveira disse...

"Seria óbvio se em algum periodo do passado da humanidade, os casamentos homossexuais fossem tidos como normais"

Se estudasse a história da humanidade que professa dominar saberia que acabou de entrar em contradição. E não falo da Bíblia e de Sodoma & Gomorra.

"E é por isso que também falei em termos sociais. Não acredito que não percebeu o que eu disse?!"

O senhor é que parece não entender as contradições constantes do seu discurso. Se eu peguei em parte dele para chamá-lo à razão talvez fosse proveitoso para si pegar no todo e analisar a desinformação que possui.

"Muito hedonista da sua parte."

Se todos fossem este mundo seria um lugar melhor...

"Eu não estou a impor nada, estou somente a constatar as instituições basilares que fazem desta sociedade ser o que é."

Mais uma contradição. Se por um lado constata que são pilares basilares então são necessários a todos para se viver em sociedade. Se não são necessários então não são basilares...
Por outro lado concordo consigo. São essas instituições basilares que defende que permitem que morram milhões de pessoas por todo o mundo ao recusar o uso do preservativo, por exemplo. Que preferem um casamento até à morte à felicidade individual do ser humano. Que escondem na sua estrutura pessoas capazes das maiores atrocidades, como a pedofilia, num acto de hipocrisia brutal. Que, como disse anteriormente, vestem-se bordados a ouro enquanto professam a pobreza terrena em nome de uma riqueza espiritual.

Não se deve criar ou melhorar uma sociedade sem ter em atenção os direitos individuais.

Meu caro anónimo. Sou filho de pais católicos apostólicos. Fiz 9 anos numa escola salesiana. No meu 6º ano já me apercebia das contradições dos discursos dos padres. Não sendo crente sou dos maiores praticantes da generosidade das palavras de Jesus. Porque fazem sentido, na sua maior parte. Mas não sou carneiro. Sou capaz de aproveitar os ensinamentos que me dão todos os dias para melhorar a minha vida e a de quem me rodeia. Mas não esgoto os meus conhecimentos numa fonte. Diversificar as fontes permite-nos uma obtenção de sabedoria maior.

Eu sei. Sou um lírico...

P.S.: Qual a razão da vida? Porque é que existe? Talvez seja importante responder a essa pergunta antes de tentar manter ou mudar qualquer coisa.

Anónimo disse...

"Eu sei que é conveniente usarmos conceitos consoante as conveniências."

Isso é recíproco.

"Mas posso lhe responder na mesma moeda para falar numa linguagem mais ao seu alcance: O senhor confude a sobrevivência da espécie (i.e. família) com estrutura."

Eu considero é que a família faz parte da estrutura basilar duma sociedade.

"Ao lê-lo não consigo deixar de me lembrar de uma biografia que li quando ainda era adolescente. Era a biografia de Galileu. Há uma breve referência a Copérnico, que como deve saber, foi dos primeiros a enfrentar a Igreja num tema científico importante. Ele acreditava que a Terra girava à volta do Sol. E tinha provas para tal. A Igreja mandou-o para a fogueira. Porque as suas heresias deitavam por terra princípios basilares e estruturais da socieddade de então: o Homem como centro do Universo, criado à imagem e semelhança de Deus. A sua família é tão pilar basilar quanto o Sol gira à volta da Terra..."

E considerar que o casamento homossexual é um padrão de união que a sociedade deve celebrar faz tanto sentido como cedermos a todos os nossos impulsos para obtermos o prazer.

Anónimo disse...

"Se estudasse a história da humanidade que professa dominar saberia que acabou de entrar em contradição. E não falo da Bíblia e de Sodoma & Gomorra."

Então fala do quê?

"O senhor é que parece não entender as contradições constantes do seu discurso. Se eu peguei em parte dele para chamá-lo à razão talvez fosse proveitoso para si pegar no todo e analisar a desinformação que possui."

Se eu disse que há dois factores que estão minar a instituição família, é um bocadinho desonesto da sua parte só frisar um dos factores que eu mencionei.

"Se todos fossem este mundo seria um lugar melhor..."

Não estou a ver uma sociedade funcionar tendo como base a cedência aos impulsos.

"Mais uma contradição. Se por um lado constata que são pilares basilares então são necessários a todos para se viver em sociedade. Se não são necessários então não são basilares..."

O que eu digo é que os pilares basilares são necessários para uma sociedade prosperar (em termos sociais e económicos) e portanto devem ser celebrados, mas quem não estiver em sintonia com os ditos pilares tem toda a liberdade para estar nesse estado não espere é que a sociedade celebre o seu estado.

"São essas instituições basilares que defende que permitem que morram milhões de pessoas por todo o mundo ao recusar o uso do preservativo, por exemplo. Que preferem um casamento até à morte à felicidade individual do ser humano. Que escondem na sua estrutura pessoas capazes das maiores atrocidades, como a pedofilia, num acto de hipocrisia brutal. Que, como disse anteriormente, vestem-se bordados a ouro enquanto professam a pobreza terrena em nome de uma riqueza espiritual."

Qualquer pessoa é livre de não obedecer ou pertencer à Igreja.

Anónimo disse...

"Não se deve criar ou melhorar uma sociedade sem ter em atenção os direitos individuais."

Mas por outro lado é injusto considerar igual o que é desigual.

"Meu caro anónimo. Sou filho de pais católicos apostólicos. Fiz 9 anos numa escola salesiana. No meu 6º ano já me apercebia das contradições dos discursos dos padres. Não sendo crente sou dos maiores praticantes da generosidade das palavras de Jesus. Porque fazem sentido, na sua maior parte. Mas não sou carneiro. Sou capaz de aproveitar os ensinamentos que me dão todos os dias para melhorar a minha vida e a de quem me rodeia."

E faz muito bem em ser assim, não queira é que todos sejamos como você.

"Mas não esgoto os meus conhecimentos numa fonte. Diversificar as fontes permite-nos uma obtenção de sabedoria maior."

Eu também não, já que antes da Igreja Católica existir já os casamentos heterossexuais eram celebrados e somente estes.


"P.S.: Qual a razão da vida?"

Em termos biológicos, para se ter filhos.
Em termos sociais, para ver o nosso valor ser reconhecido pelos os nossos pares.

"Porque é que existe?"

Porque os meus pais decidiram seguir a programação biológica deles.

"Talvez seja importante responder a essa pergunta antes de tentar manter ou mudar qualquer coisa."

Já está respondido.

Nuno disse...

Eu acho que o miúdo, com todo o respeito, não tem razão.

É apenas ingénuo.

E é preciso cuidado a tratar temas como estes, com implicações gigantescas!

Anónimo disse...

Nuno:
Eu Percebo o que diz, por isso não querer aprofundar este assunto com o meu filho.
Mas se a lei não for promulgada, o casamento homossexual passa a fazer parte da nossa realidade ...como provavelmente a adopção de que aqui se fala.

Não acha que as crianças devam ter opinião?
Não acha que devam estar minimamente informadas?

Não precisam de ter a noção do tamanho gigantesco deste assunto, pois a sua ingenuidade não ia acompanhar a complexidade do mesmo!

Anónimo disse...

ah...eu tambem não acho que tenha razão....

Nuno disse...

O "casamento" homossexual é um erro (e já deixei neste blog extensas declarações nesse sentido).

E a adopção é um erro sobre um erro. Seria cruel sujeitar as crianças a essa "adopção"!

Anónimo disse...

OU seja...ambos dizemos a mesma coisa de formas diferentes!
Certo?

Nuno disse...

Fico mais sosegado...