sexta-feira, 31 de julho de 2009

Ainda os incentivos... e a falta deles!



Eu falei já aqui sobre o Incentivo dos 200 que o governo propõe como umas das suas brilhantes ideias no programa do governo para a próxima legislatura.
E falei a brincar, pois como disse, ou se ria ou chorava. Eu decidi rir... mas foi mesmo para não chorar.
E brinquei com a situação. Mas esta barbaridade não deve ser levada a brincar.

Dito isto vou ao assunto que me levou a falar momentaneamente nessa proposta do governo PS (só podia mesmo ser socialista).
Na eventualidade do Sr. José Sócrates, ainda o actual chefe de governo do meu país, vir aqui ler alguns dos nossos "post" (afinal o homem já dá entrevistas na blogosfera. Em deferido, é verdade. E depois sonhar...) gostava de lhe sugerir uma medida para colocar em prática antes da parvoíce do Incentivo dos 200 (ou melhor ainda, em vez de).
Gostaria então lhe dizer o seguinte:

«Sr. José Sócrates, sou um cidadão português e democrata cristão. E procuro que estes meus princípios democratas, mas neste caso, principalmente os cristãos, me guiem no dia-a-dia (ás vezes e difícil, confesso. Mas ninguém é perfeito). Por isso muito me indignou a proposta de programa que o seu partido divulgou recentemente. E porquê, deve perguntar o senhor? Bem, porque simplesmente devemos considerar cuidar primeiro das crianças que temos, antes de apressar as coisas e tentar talvez engrossar a lista. E de que falo eu? Bem senhor Sócrates, muito simplesmente da adopção. Temos neste momento mais de 2000 crianças em condições de ir para adopção. Pois. Esse pequeno problematizo que não existe em Portugal porque o seu governo se esquece dele com frequência (embora, admito, algumas melhorias foram ensaiadas e outras até implementadas, mas insuficientes) e que afecta alguns milhares de crianças em Portugal. Talvez incentivar famílias a adoptar, talvez simplificar (sim simplificar; afinal ao fim de três dias pode abortar-se livremente em Portugal; temos divórcio na hora; empresas na hora) o processo de adopção pois neste momento e apesar da nova lei o tempo de espera é de cerca de 5 anos (coisita pouca pois claro, se compararmos com a justiça por exemplo), talvez pensar seriamente neste assunto e resolvê-lo para, então depois considerar incentivar a natalidade (eu sei que a população está a envelhecer, que o sistema de segurança social pode falir, tudo isso) mas, em qualquer caso, prioritário mesmo é garantir o direito a uma vida normal, o direito à família, à educação, a uma infância como qualquer criança merece, à educação, ao melhor que o seio familiar pode proporcionar ás crianças.
E dar talvez incentivos, isso sim, para que sejam também consideradas para adopção em igualdade de circunstâncias. Sabe do que falo senhor Sócrates, falo de que apenas cerca de 6% dos candidatos à adopção consideram adoptar crianças com mais de 6 anos, crianças com problemas de saúde ou crianças de cor.
Como é óbvio, este tema daria aqui "pano para mangas". Por isso termino por aqui, até porque se me alongar muito, senhor José Sócrates, corro o risco de não o ler até o fim (como disse no inicio, sonhar não custa nada).»

Nota: espero, senhor José Sócrates, que se chegar a ler este "post", seja por ter muito tempo dado estar desempregado.

Fontes: IOL Diário; Diário de Noticias

Ricardo Rio responde a uma das minhas dúvidas...

Ricardo Rio apresentou ontem a lista da coligação Juntos por Braga candidata ás próximas eleições autárquicas ao município de Braga.

Da apresentação desta lista destaco (como não é surpresa para ninguém) o real chuto no traseiro que Ricardo Rio deu ao actual numero um do CDS/PP na cidade de Braga. Ricardo Rio deixou bem claro que o facto de este ser o numero dois da lista, não significa que seja vice-presidente do executivo da câmara pois, salientou, o vice-presidente será uma escolha pessoal de Ricardo Rio.

Como militante do CDS/PP fico extremamente desapontado com este afastamento dos principais destinos da cidade a que o meu partido foi sujeito. Poder-se-à dizer que andou de cavalo para burro ou em linguagem futebolística que descemos de divisão.
Também como militante do CDS/PP desafio a actual direcção concelhia do partido a divulgar o acordo que efectuou com os partidos da coligação para a distribuição de lugares e, a divulgar também o acordo anteriormente efectuado, negociado pela direcção concelhia presidida pelo Miguel Brito.

Espero também que os militantes centristas de Braga tirem as suas conclusões. E que se questionem sobre o paradeiro do património politico construído nos últimos 10 anos pelo CDS/PP em Braga.

Eu, como todos já sabem, não fiquei nada surpreendido. Alias não esperava outra atitude de Ricardo Ri O que mais uma vez reforça a minha posição, de que o papel do CDS/PP nesta coligação não passa de puro e simples "lastro".

Vamos estar atentos. Sempre quero ver a posição do partido (concelhia do CDS/PP) no futuro próximo. E qual será a sua actuação. No mínimo, o que se pede é que honre e dignifique o acordo efectuado com a coligação. Para que o rombo no partido não seja ainda mais grave.

Hoje há rissóis e croquetes...

Aproveitem. Ao preço a que estão as coisas...

Urbanismo e pobreza

Onde se lê "Lisboa", ler "Braga".

Urbanismo e pobreza, por MARIA JOSÉ NOGUEIRA PINTO

"Sei que Lisboa tem uma considerável percentagem de pobres. Sei que não constituem uma categoria homogénea: há-os de todos os géneros, tradicionais, novos e novíssimos. Sei que por cá existem muitos doentes pobres e pobres doentes, que a morbilidade da rua aumenta sem que ninguém a contabilize. Sei das "cidades ocultas" dentro desta Lisboa que vemos. Não tenho números actualizados apesar de se terem criado instrumentos cuja função principal é a de analisar e contabilizar esta realidade: onde está a famosa rede social de Lisboa? O que faz o Observatório de Luta contra a Pobreza na cidade de Lisboa?

"Fala-se de pobreza e políticas públicas mas raramente pensamos no papel do poder autárquico nesta matéria. Em ano eleitoral é muito importante que os candidatos às câmaras incluam o tema nos seus programas, em vez de sucumbirem à tentação da obra pública, empreitadas de "modernidade" que pouco contribuem para o desenvolvimento e competitividade. Mas a opacidade da pobreza torna-a uma abstracção possível e a sua natureza triste impede-a de competir com a visibilidade impactante de um túnel…

"Não há pobreza que possa ser resolvida com pacotes governamentais. É o que podemos concluir em Portugal ao fim de quase duas décadas de esforços malsucedidos, programas com baixíssimos níveis de eficiência e uma cultura de subsídio-dependência aviltante. O Estado não tem capacidade ou vocação para um trabalho a nível micro, o que leva a que os recursos, humanos e financeiros, se esgotem no combate aos efeitos, deixando as causas por erradicar.

"O gestor da cidade tem hoje um papel decisivo. Um mau urbanismo é o maior factor de cristalização das desigualdades, alimentando uma ininterrupta renovação geracional da pobreza e da exclusão. Tanto mais quanto as sociedades modernas sofreram profundas mutações que alteraram negativamente a própria sociabilidade: a reconfiguração do modo de estarmos juntos; a transformação da percepção do espaço e do tempo (tudo chega sem que seja necessário partir); uma nova matriz de ordem urbana na qual os cidadãos circulam mas já não se encontram, estão comunicáveis mas não se reúnem…

"Há que inovar face a modelos de intervenção esgotados, promover abordagens interdisciplinares, construir redes de proximidade às pessoas, aos problemas e às suas causas e estabelecer parcerias com o terceiro sector que assegurem a continuidade e sustentabilidade da intervenção. E ter uma percepção clara de outros fenómenos que requerem outras respostas: as novas doenças, o envelhecimento demográfico, a imigração e as dificuldades associadas aos processos de integração, a info-exclusão, etc.

"Estes grupos têm, à partida, um factor ambiental e espacial negativo por se inserirem em comunidades marginais com tendência para a guetização, sediadas em territórios urbanos degradados e especialmente segregados. São as chamadas "armadilhas de desigualdade" cujo resultado é o da falta de mobilidade intergeracional.

"Tal como se evoluiu do conceito da reabilitação urbana para o de revitalização urbana, com intervenções específicas e interdisciplinares a nível dos chamados territórios deprimidos e de zonas urbanas desertificadas - como os cascos históricos com população idosa e isolada - também a experiência das últimas décadas em matéria de realojamento demonstraram a necessidade de conjugar construção de habitação (que só por si não constitui uma política) com objectivos de inclusão social, só possível através da disseminação de grupos populacionais mais problemáticos por zonas urbanas consolidadas versus a sua concentração periférica. E se antes se podia ignorar a importância da saúde urbana ou fazer tábua rasa do objectivo cidade saudável, hoje já não.

"Lisboa vai a votos. Precisamos de uma equipa com inteligência, sabedoria, lucidez e coragem. Porque vai ser preciso fazer, desfazer e refazer, com prudência e responsabilidade. Isto não é a Disneylândia."

in "Diário de Notícias", 30.7.2009

(PS: dá para perceber a falta que esta Senhora - como outros nossos amigos - faz na política activa em geral e no CDS em particular...)

Mas muito mais o quê pá? - XIII

Negócios para os amigos?

Mas muito mais o quê pá? - XII

É preciso mesmo fazer a pergunta?

Mas muito mais o quê pá? - XI


Job's for the boys?

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Mas muito mais o quê pá? - X




Desrespeito pelas instituições democráticas?

Mas muito mais o quê pá? - IX

Favelas de ricos?

Mas muito mais o quê pá? - VIII

Empreiteiros?

Mas muito mais o quê pá? - VII

Reabilitações do Monte Picoto (mais do que as que nos foram prometidas nos últimos trinta anos)?

Mas muito mais o quê pá? - VI

Ex-vereadores e aparatchik do PS cuja reforma dourada passa invariavelmente por uma empresa pública municipal?

Mas muito mais o quê pá? - V

"Jovens empreendedores"?

(daqueles que têm umas "Ideias Astutas" n'"O Meio da Rua" e ganham os concursos públicos sem sequer contar nada aos papás ou às titis, que por acaso até são vereadores, ou então daqueloutros a quem os maiores empreiteiros de Braga emprestam milhões sem garantia alguma, ou daqueles que não podem ter um mono no seu património imobiliário que logo vem a Câmara e o arrenda, ou ainda daqueles que acabam o curso e miraculosamente abrem logo uma farmácia na Praça do Município?)

Mas muito mais o quê pá? - IV

Obras de regime para nós pagarmos quando tu te fores embora?

Mas muito mais o quê pá? - III


Peixinhos no rio Este?

Mas muito mais o quê pá? - II


Urbanismo desenfreado?

Mas muito mais o quê pá? - I


Não te chega o que tens?

O Rua do Souto inicia uma nova série intitulada "Mas muito mais o quê, pá?" (a não perder, no seu blogue de sempre)

Inspirado pelo apelo pungente do nosso Senhor Engenheiro e pelo diálogo na caixa de comentários aqui, anuncio o início de uma nova série de posts no Rua do Souto. Chamar-se-á "Mas muito mais o quê, pá?". Estão todos convidados a participar, basta deixarem uma pergunta na caixa de comentários.

Parques para idosos!!! Que negociata...

Não sei se os digníssimos leitores do "Rua do Souto" têm estado atentos ao que tem acontecido em Braga mas surgiram assim do nada parques, tipo parques infantis, mas para idosos. Estes parques têm uma série de equipamentos que permitem aos idosos realizarem exercícios físicos específicos para a sua faixa etária. Acho isto uma excelente ideia, por princípio é bem bolado. Até comentei "nem tudo o que o homem faz é mal feito"... claro que mais valia estar calado pois, como diz o ditado, "não há bela sem senão". Achei estranho começarem a surgir imensos parques desta natureza, nos sítios mais despropositados (nomeadamente de acesso quase impossível para idosos) e espalhados pelos chamados 2º e 3º anel das freguesias do concelho. Para terem assim uma pequena ideia há um na curva da amarela, mas do lado exterior, outro em Cabreiros, outro em Celeirós... enfim... um sem número deles... é que são muitos mesmo. Há até equipamentos destes colocados em zonas completamente marginais das freguesias, tipo descampados sem nada á volta. Pensei logo... "aqui há negociata"... procurei saber e até ao que apurei... uma daqueles empresários tradicionais do "sistema" (pareço o Sporting) montou uma empresa especificamente para importar, comercializar e instalar estes equipamentos, vendeu este número absurdo de equipamentos á Câmara Municipal de Braga, facturou uns milhares e de seguida fechou a empresa. Pois é... imagino os termos do concurso de afectação destas intervenções...

quarta-feira, 29 de julho de 2009

200 a prazo? Nem sei se chore, nem sei se ria...

Nem quero acreditar. Então agora já criam incentivos à natalidade para os putos. Mas desculpem lá! Não é suposto o incentivo ser para os pais dos ditos putos? O que é que está mal aqui?

Em conta poupança a ser levantada depois dos 18
?
Há, já percebi... dah!!! Matam dois coelhos com uma só cajadada. Pois as contas que vão abrir devem fazer parte do plano do governo para a recuperação do BPN e BPP. Mas espera lá!!!! Isso quer dizer que os putos vão ter uma conta offshore? Fixe...

E os papas dos putos podem ir lá juntando umas massas nessas mesmas contas que usufruem dos mesmos benefícios fiscais das contas poupança reforma. Espera lá. Isso quer dizer que também podemos ter uma conta offshore? Fixe...

Oh Maria, chega aqui num instante...

Fonte: Jornal Publico
Por muito que me custe publicar este post, a verdade é que ignorá-lo (ao MM) não o faz desaparecer (infelizmente).

No entanto, em vez de o comentar eu, vou ligá-lo a algo que li à pouco e que diz tudo o que queria dizer. Só que fizeram-no primeiro.

Assino por baixo.

Fonte: Fontes do Ídolo

SIMPLEX - O Carro Magalhães


Carro Magalhães. Um para cada português.
Desde a pré-primária...



Não foi ideia minha. Limito-me a difundir.

Fonte: obrigado CP pelo email. Gostei.

Mazé


Desculpem.
Não resisti...
Olha se a moda pega...




Fonte: Obrigado JB pelo email. Gostei...

terça-feira, 28 de julho de 2009

Com uma breca, esta é a minha cidade!


Gostava de iniciar hoje uma nova rubrica sobre a nossa
cidade. De como podemos contribuir, com as nossas sugestões, para fazer dela cada vez uma cidade melhor.

Pretende-se aproveitar o melhor do que está feito com o ainda melhor que poderá ser aqui sugerido. Não ser um espaço de escarne mas sim um onde cada um possa dar o seu contributo, sugestões, experiências, ideias ou o que acharem.

Daí o nome, que acho a propósito, "Com uma breca, esta é a minha cidade!".
Vamos dar as nossas ideias, ouvir as de todos, aproveitar o que bem se fez, tentar melhorar o assim-assim e deveras resolver o que está mal. Pelo menos em ideias.

Como tema inicial a debate, gostava de lançar um que acho o ideal para iniciar e reproduzir a nossa criatividade:

- As energias alternativas e os recursos naturais. Como os aproveitar e aplicar à nossa cidade, aos munícipes bracarenses, ás empresas da região.

O tema está aqui lançado. Nos comentários serão dados os contributos.

Sejamos criativos, construtivos, críticos mesmo. Mas sempre e apenas com um interesse: - Com uma breca, esta é a minha cidade!.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Olha se a moda pega...



Nem que seja pelo insólito ou simplesmente pela simbologia da mensagem.



Na Madeira parece que não...



Imagem gentilmente "copiada" do Arrastão

Rua Direita

Nasceu hoje. Tem uma invejável lista de autores. Pelo menos, só por isso promete.
Vou estar atento.

Rua Direita

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Onde estou eu, está a cultura portuguesa


“ Quando Thomas Mann deixou a Europa, em 1938, para se instalar nos Estados Unidos, observou, com toda a seriedade, numa conferência de imprensa dada à sua chegada a Nova Iorque: «Onde eu estou, está a cultura alemã». Para muitas pessoas, esta declaração constituiu mais uma demonstração da mundialmente famosa arrogância do autor. Todavia, o seu irmão. Heinrich Mann, soube-a interpretar melhor. Nas suas memórias, Ein Zeitalter wird besichtigt, inicia o capítulo «Mein Bruder» com o episódio atrás mencionado, a que acrescenta: «Sabíamos agora o que o Fausto de Goethe quis dizer, ao afirmar: “Aquilo que de teus pais herdaste/ Merece-o para que o possuas”. As palavras de Thomas Mann, segundo o seu irmão mais velho, não foram uma expressão de arrogância, mas de um profundo sentido de responsabilidade.”

Rob Riemen, in Ensaio introdutório a
“A ideia de Europa” de George Steiner, 2004

No seguimento deste ensaio, assume-se a responsabilidade pela cultura europeia, respeitando o seu código moral intelectual e o preservar dum ideal de civilização: a ideia de Europa.

Um pouco mais à frente, pode ler-se: “É a herança cultural, as importantes obras de poetas e pensadores, artistas e profetas, que uma pessoa tem de usar para a cultura animi (a expressão é de Cícero), o cultivo da alma e do espírito humanos”.

E ainda: “Há uma relação entre linguagem e política, entre cultura e sociedade. Para compreender os desenvolvimentos culturais, para ver que ideias vigoram e quais as consequências que terão, é indispensável uma reflexão filosófico-cultural.

“É essencial ser elitista – mas no sentido original da palavra: assumir a responsabilidade pelo «melhor» do espírito humano. Uma elite cultural deve ter responsabilidade pelo conhecimento e preservação das ideias e dos valores mais importantes, pelos clássicos, pelo significado das palavras, pela nobreza do nosso espírito. Ser elitista, como explicou Goethe, significa ser respeitador: respeitador do divino, da natureza, dos nossos congéneres seres humanos, e, assim, da nossa própria dignidade humana”.

Num tempo de agressivo relativismo, é muito consolador saber que há quem pense que não vale tudo, que o dinheiro não é a única coisa que importa. Outros valores se levantam, como dizia o poeta.

“Onde eu estou, está a cultura portuguesa” é um título inspirado neste texto de Rob Riemen. Significa, no fundo, que há que assumir a nossa cultura, defendê-la, desenvolvê-la. E não seguir esta mentalidade curvada dos nossos dias, em que ninguém se compromete, como se não houvesse gosto em ser português. O nosso povo é um grande povo, capaz de grandes feitos: “o mar sem fim é português”, escreveu Pessoa; e continua a realizar muita coisa boa. Vamos assumir a nossa responsabilidade e continuar a progredir. O que não é aceitável é assistirmos ao delapidar desta nossa cultura, da nossa maneira de ser, a arte de ser português – com especial destaque para os estragos provocados pelas televisões e pelas chamadas medidas fracturantes – e não fazer nada.

Não quero ser arrogante – de quê? – ao dizer que onde estou, está a cultura portuguesa, antes quero assumir a minha parte dessa responsabilidade. Voltando ao autor da Mensagem: “Aqui ao leme sou mais do que eu:/ Sou um Povo que quer o mar que é teu”, dizia o marinheiro ao Monstrengo. Esta é a nossa herança, que recebemos das nossas famílias e do nosso povo. Farei o que estiver ao meu alcance para defendê-la e para promovê-la.

Uma nova política para a cidade precisa-se: culta, respeitadora e progressista.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

GANG das Câmaras


Chico "El Contructor"





Fati "a Santa"





Tino "o Tio"





Nuninho "Darth Vader"





Valentão "o Espadachim"






Lino "o Pontapeador"

Uma nova política para a cidade

“ O que é preciso para fazer uma transformação na cidade resume-se a quatro pontos: vontade política, visão solidária, visão estratégica relacionando as necessidades e as potencialidades e estabelecer uma equação de co-responsabilidade”
Jaime Lerner (antigo Perfeito de Curitiba, Brasil)

A política de Braga precisa de mudar e de mudar profundamente. Estes anos todos de gestão socialista mostram erros sobre erros, fruto do não assumir das responsabilidades dos mais altos responsáveis autárquicos. Mas, a oposição tem mostrado que há outras opções políticas:

1. Uma vontade política forte.
A possibilidade do município passar de mãos faz correr uma brisa de esperança por todo o país. Porque já não é só em Braga que esta alteração é desejada e sim em todo o lado!
Esta força traduz-se na dedicação à cidade que se nota, principalmente, na Coligação “Juntos por Braga”. Ou seja, temos uma oposição mais atenta, que estuda e conhece as questões por resolver, critica as propostas imediatistas do executivo e vai – persistentemente e com ânimo – reforçando as suas propostas, preparando-se, assim, para dar uma orientação política totalmente nova para Braga.

2. Visão solidária.
Naturalmente que não interessa só mudar por mudar. A nova ideia de política urbana deve ser consistente, com propostas concretas, baseadas em estudos atentos à realidade das pessoas que aqui vivem. E, desde logo, o olhar de quem vai decidir deve virar-se para os mais desfavorecidos: os mais novos (os que ainda não nasceram!...) e os mais velhos, os mais vulneráveis, os desempregados, os que ficam à margem do sistema e para o simples cidadão comum. São estes – os que nem sempre têm voz ou a atenção devida, mas que fazem a cidade – a quem se tem de responder! Os seus anseios legítimos e os seus problemas são o programa político mais sustentado e verdadeiro. As pessoas que vivem no Concelho, na cidade e à sua volta, e a qualidade da sua vida urbana devem ser a preocupação essencial, para onde se orientam os esforços de quem quer ter os destinos da Câmara à sua responsabilidade. Tudo o resto está em função deste ponto principal.
A dignidade das pessoas exige sensibilidade e competência por parte dos detentores do poder autárquico, que são eleitos para os servir.

3. Visão estratégica relacionando as necessidades e as potencialidades.
Os recursos da Câmara são limitados. Mas isso traz-nos, de novo, à questão da qualidade política: todo o dinheiro aplicado deve se bem gasto!
Mandar dinheiro fora é que é inadmissível! Propagandas fúteis, obras mal feitas, orçamentos a triplicar e outros desperdícios têm de ser combatidos. Para que é que o Estádio de Braga foi feito ali? Haveria algum sítio mais difícil? Implementar uma obra daquelas naquele lugar, teve um acréscimo de largos milhões de euros, o que não faz sentido!
Não faz sentido porque é um insulto a quem anda todos os dias a esforçar-se por uma vida melhor mas não tem um Hospital em condições, nem escolas de qualidade para os seus filhos ou não tem uma casa decente. E sabemos como estes casos abundam!

4. Uma equação de co-responsabilidade.
A nova equipe que vai tomar conta dos destinos da cidade, por indicação das pessoas que nela vão votar, tem que dar satisfações aos cidadãos. E estes devem participar e acompanhar as decisões políticas.
Como se diz em Angola: “estamos juntos!” O que as últimas eleições autárquicas mostraram é que a população começou a estar saturada, o que não admira! … E significa, também, que os dirigentes políticos da oposição têm que apresentar uma política alternativa e apresentá-la às pessoas, preparando-se para receber do povo, pelo voto, os destinos da cidade.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

José Sócrates a fazer o que melhor sabe*

3 de Janeiro de 2005:
«O secretário-geral do PS, José Sócrates, admitiu, esta segunda-feira, que poderá mexer nos impostos, se for eleito primeiro-ministro, mas assegurou que não aumentará o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). Visivelmente irritado com a notícia do Diário de Notícias, que avança que o PS, caso venha a ganhar as eleições, pondera aumentar a taxa máxima do IVA de 19 para 20 por cento, o secretário-geral socialista rejeitou a notícia classificando-a de «falsa». (aqui)

24 de Maio de 2005:
O Governo decide aumentar o IVA para 21 por cento. (aqui)

27 de Março de 2008 (depois de 3 anos a 21%)
Governo decide baixar o IVA para 20% (aqui)

20 de Julho de 2009:
«na última legislatura, o Governo “fez um esforço ao nível dos impostos, baixando em um ponto a taxa máxima do IVA”»

* via Blasfémias

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Provedor do leitor - declaração para memória futura

Algures num post aí abaixo eu dizia que o Ricardo Rio continuava a ser o rosto da mudança em Braga, apesar da possibilidade de poder levar na lista "um ou dois emplastros do CDS que ninguém conhece". Foi esta a minha expressão.

Ora, na caixa de comentários do respectivo post, o leitor e amigo Nuno Dias disse o que pensava sobre o que eu tinha escrito, ao que respondi, renovando o convite que lhe fiz para se juntar ao Rua do Souto. A resposta do Nuno Dias foi a seguinte:

«Antes bloguista do que bloquista!...
Ainda assim... fico na dúvida se aceitam "emplastros desconhecidos"...»

Ora,

ALTO E PÁRA O BAILE!!

O Arquitecto Nuno Oliveira Dias, militante do CDS e democrata-cristão do mais puro que conheci na vida, não é uma pessoa qualquer. Os que puderam acompanhar mais de perto a sua ligação ao CDS de Braga ficaram a conhecê-lo pelo sua vontade de implementar em Braga uma Loja das Ideias, pelo seu ante-projecto de requalificação do Largo Carlos Amarante, pela sua ligação ao voluntariado, pelas tertúlias da Cidade Transparente, pelas suas ideias para a habitação social, pelo seu plano para uma segunda circular de Braga (uma circular externa para o concelho, com a possibilidade de, a partir daí, a cidade poder definir novas zonas de expansão urbana com a qualidade que faltou nos últimos trinta anos). Mas também pela inteligência, pela simpatia, pela honestidade a toda a prova, pela educação, pela disponibilidade e, sobretudo, pela vontade de estudar os bons exemplos. O Nuno andava sempre à procura do que de melhor se fazia e faz no mundo, em matéria de política de cidades.

Após as polémicas eleições na concelhia do CDS, o Nuno foi dos que, legitimamente, optou por ficar e colaborar com a concelhia. Está de corpo e alma com o CDS e com a Coligação Juntos por Braga. Uns saíram ou vão andar por aí, outros saíram mesmo, outros ainda ficaram, mas ficaram zangados. O Nuno (e não só), ficou e seguiu em frente. Boa sorte, amigos na mesma.

Dito isto, fica o seguinte esclarecimento: quando dei a entender que o CDS pode indicar um "emplastro desconhecido" para a vereação, talvez tenha utilizado um excesso de linguagem, mas a minha intenção foi, sobretudo, a de dar um palpite. Não me parece que no actual CDS de Braga haja a capacidade de escolher alguém como o Nuno para a vereação (por outro lado, aposto que o Ricardo Rio dava pulos de alegria se soubesse, por exemplo, que o Nuno ia ser seu número dois - ou três, não sei como foram essas negociações - na Câmara). Se tivesse que apostar, e conhecendo-os como os conheço, apostava num "emplastro".

No entanto, e para memória futura, deixo aqui uma promessa. Se o Nuno vier a ser indicado pelo CDS para um lugar elegível nas listas da Coligação Juntos por Braga para a Câmara Municipal de Braga eu escrevo e repito 100 vezes neste blogue:

"EU, RUI ÂNGELO NOVAIS MARADO MOREIRA, ENGANEI-ME REDONDAMENTE. O PRESIDENTE DA CONCELHIA DO CDS É MUITO MELHOR DO QUE EU PENSAVA. AS MINHAS SINCERAS DESCULPAS"

100 vezes!

Promessa é dívida.

Falácia mesquitista desmascarada no Bracara Angustia

Ele é um homem.
Ele obra.
Logo,
Ele é um homem de obra.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O abono x 2 + 5 - 2 ao quadrado do abono se o tiver...



É FAZER AS CONTAS... onde é que já ouvi isto?

Miguel, se fores almoçar com o Mesquita ao Expositor metes-me uma cunhazita?

Miguel, se hoje fores mesmo almoçar com o Mesquita ao Expositor, faz-me um favor: mete uma cunha ao Migaitas para ver se ele abre um tasco aqui em Luanda :)

Celeuma Vs. Fleuma

É com satisfação que vejo que este tema das autárquicas está a empolgar os blogueiros. Aleluia … Se este fenómeno tem acontecido há quatro anos atrás, provavelmente o tema do momento seria a recandidatura do RR. Apenas espero que isto tenha repercussões para o exterior. Finalmente existe entusiasmo por parte das pessoas. Quanto mais não seja por isso, a potencial candidatura independente já esta a causar impacto.

Já que o que está subentendido são os benefícios e/ou malefícios de uma candidatura independente, e tendo como ponto de referência as perguntas lançadas no post do Rui Moreira (abraços meu caro), dou de uma forma compiladora, as mais-valias que uma eventual candidatura independente poderá trazer. Desta forma:

1. A ausência do lobby partidário, já que neste sistema político chamado democracia, em que a autoridade emana do conjunto dos cidadãos, baseando-se nos princípios de igualdade e liberdade (para além de outras questões que todos reconhecem, mas que agora não é oportuno esmiuçar);

2. A candidatura de que se fala, não é forçosamente uma candidatura associada a um movimento alternativo da direita. Apesar de o hipotético candidato estar assente sobre os postulados da direita, conserva uma equidistância natural o que lhe proporciona livre arbítrio sobre os chavões dessa mesma direita, associando-se sobretudo às boas ideias, venham elas de que lado vierem. Não é à toa que é um liberal… Como tal, poderá cativar muita malta da esquerda;

3. Nas passadas autárquicas, houve uma taxa de abstenção superior 32%. Como tal, haverá muita gente que não se identifica com os protagonistas da actual bipolarização. E uma nova candidatura poderá preencher os intentos de muitos abstencionistas, levando-os às urnas;

4. Numa situação de bipolarização, é saudável que exista um elemento catártico para equilibrar uma congeminência bipolar.

Há mais para dizer, mas fica para depois.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ricardo Rio: chegou a hora de mostrar que é diferente

(Agora sim, o tema quente do momento)

Tenho acompanhado com a atenção possível a polémica em torno da notícia do Diário do Minho e resposta de Ricardo Rio (disponível aqui) e, ao contrário de muitos, parece-me que está aqui uma oportunidade de ouro que Ricardo Rio não pode dar-se ao luxo de desperdiçar, se quer mesmo mostrar que é diferente, para melhor, do que quem (ainda) nos governa.

Antes de mais, conheço o Ricardo Rio, tive o prazer de conviver com ele durante alguns anos e acho que ele é um homem sério, honesto, trabalhador e inteligente. Mas isso não me basta nem interessa nada aos bracarenses, pelo que devo também sublinhar que, muito para além disso, as explicações que ele deu sobre o parecer encomendado pela Câmara Municiapl de Vila Nova de Famalicão são absolutamente claras e coerentes, quer no que diz respeito à alteração dos timings para a apresentação do parecer, quer quanto ao modo de pagamento (absolutamente comum), quer ainda quanto ao quadro legal decorrente da lei que regula a contratação pública.

Mas, ao contrário de muita opinião que sobre este assunto tenho lido, também devo frisar o seguinte: não me parece que esta notícia tenha qualquer semelhança com a pulhice (e acreditem que estou a usar uma palavra suave) que o Costa Guimarães lhe fez, há quatro anos, no Correio do Minho. Peço desculpa, mas as situações em causa são completamente diferentes.

Assim:

Há quatro anos o Correio do Minho imputou a Ricardo Rio a prática de um crime de peculato de uso, em virtude da circunstância de aparecer o nome Casa da Música no campo "Autor" das "Propriedades" de um ficheiro Word enviado em anexo a um e-mail, do qual constava um comunicado da Coligação. Alegadamente, segundo o "jornalista", tal provava que o referido e-mail tinha sido enviado da Casa da Música, pelo que havia peculato de uso, com direito a transcrição do Código Penal e tudo. Ora, para além da total irrelevância da questão, sucede que a circunstância de aparecer o nome "Casa da Música" como autor de um documento Word nas "Propriedades" deste não significa absloutamente nada. No meu portátil aparece "cliente", e eu nem me chamo "cliente", nem trabalho para uma empresa chamada "cliente", nem tão pouco sou "cliente" de mim próprio. E garanto-vos que sou dono do meu portátil, mas para o Microsoft Word - esse programa genial só comparável em genialidade ao genial Costa Guimarães - quem manda é o "cliente". Ou seja, o que Costa Guimarães fez há quatro anos, além de uma pulhice (que simpático que eu estou hoje) foi pura e simplesmente uma cagada em três actos.

Muito diferente é o que se passa agora.

Em primeiro lugar, não há qualquer razão para suspeitar do jornalista que escreveu a notícia. Salvo erro, é o mesmo que nos informou sobre o que se passou no Colégio dos Órfãos, facto que muito lhe devo agradecer, como cidadão, e que deveria ser suficiente para motivar algum tento na língua aos que agora querem, sem provas, colá-lo a um qualquer cargo de "vice-director do departamento de comunicação da CMB" ou algo do género. O jornalista em questão tem um estilo próprio, gosta de polémicas e não se exime de fornecer ao leitor a sua interpretação do factos de forma clara. Pode gostar-se mais ou gostar-se menos do estilo (eu gosto, sobretudo porque não é de meias-tintas), mas a verdade é que não colhe a desculpa de que ele possa ter feito um frete.

Em segundo lugar, e muito mais importante, aqui podemos estar perante uma verdadeira notícia. É que o Ricardo Rio provavelmente sabe - e, se não sabe, tinha obrigação de saber - que em Braga não se contam apenas histórias sobre o património de Mesquita Machado ou sobre os almoços no Expositor do Miguel Brito. Sim, também se dizem coisas sobre o Ricardo Rio!

E, nomeadamente (para não virem dizer que não fui clarinho como água) um dos boatos que circulam sobre o Ricardo Rio pretende sustentar que a imensa disponibilidade e as inúmeras horas dispendidas na construção de uma alternativa ao mesquitismo teriam um suporte financeiro que seria fruto do contributo de todos nós, e que chegaria aos bolsos do Ricardo Rio por intermédio de avenças e adjudicações (por ajuste directo, com não podia deixar de ser) de serviços de consultadoria económico-financeira e pareceres sobre as mais diversas matérias em Cãmaras Municipais governadas por autarcas do PSD. Já ouvi falar da Póvoa de Lanhoso, de Famalicão e do Fundão, apenas para dar três exemplos. Estes rumores têm um significado muito claro - o trabalho de Ricardo Rio na Coligação estara a ser financiado por "tachos" arranjados via PSD - pelo que quaisquer factos (verdadeiros, claro) que o possam indiciar têm interesse público inegável, devem ser notícia e o candidato deve ser confrontado com eles. Ponto final.

Ora, eu sempre gostei de ter mais do que uns rumores para apontar um dedo acusador, e continuo a acreditar firmemente que, ao mesmo tempo que conseguiu tornar-se o melhor líder da oposição que Braga teve nos últimos trinta anos, o Ricardo Rio também trabalhou, como todos nós, e sustentou-se a si e aos seus com os frutos do seu labor e da sua competência técnica. Mas não é por eu acreditar nisto que o assunto deixa de ser uma questão política.

Aliás, por o assunto constituir uma questão política muitíssimo relevante é que eu acho que o Ricardo Rio tem aqui uma oportunidade de ouro para mostrar que é diferente de Mesquita Machado e que, sendo sério (como é), não quer deixar que fique nas pessoas qualquer dúvida sobre a sua seriedade: por isso, o desafio que Ricardo Rio deveria abraçar de imediato era o de divulgar a lista de todos as avenças e de todos os demais contratos de prestação de serviços celebrados com Câmaras Municipais, Institutos Públicos e Empresas Públicas entre 2004 e 2009, mostrando assim que o discurso sobre a ética e a transparência se concretiza, antes de mais limitações e incompatibilidades, em atitudes de ética e de transparência.

Tal atitude corajosa seria uma bofetada de luva branca aos que agora se rebolam a rir com as notícias.

Mais do que isso, seria uma oportunidade única de mostar que é de facto diferente, para melhor.

Oxalá ele tenha esse rasgo, ao invés de cair - como parece que já caiu - na tentação fácil de culpar o jornalista. O que não deixa de ser - apesar da validade de todas as explicações dadas quanto ao caso concreto - uma forma de assobiar para o lado.

Antes de me debruçar a sério sobre o tema quente do momento (outro ponto de ordem ao blogue)...

Queria deixar um pedido a todos os que responderam ou venham a responder a este meu post. Antes de mais, obrigado pela vossa simpatia e atenção. Mas gostaria, por uma questão de clareza (e se não for abusar da vossa generosidade) que a resposta às questões colocadas fosse algo deste género:

1.
Pergunta: Que mudança pode justificar que eu deixe de achar que a melhor alternativa a MM é RR?
Resposta: A(s) mudança(s) que justificam bláblábá é(são): ...................................................

2.
Pergunta: Se isto vai ser entre MM e RR, porque é que um gajo que quer que isto mude não há-de votar RR?
Resposta: Ainda que isto seja entre MM e RR, um gajo que blábláblá pode querer votar nos independentes porque: ......................................................................

3.
Pergunta: Neste quadro de bipolarização, porque é que uma nova candidatura à direita não há-de ser vista como um favor a MM?
Resposta: Mesmo num contexto de forte bipolarização, a nova candidatura não deve ser vista como um favor a MM pela(s) seguinte(s) razão(ões): .......................................................

4.
Pergunta: Onde está a "bondade" deste novo projecto político?
Resposta: Este novo projecto político é bom porque .................................................

5.
Pergunta: Que razões é que os independentes dão às pessoas de Braga para quererem votar neles?
Resposta: As que se seguem: ................................................................

A gerência agradece

Graçolas de oportunidade*

(A piada é maldosa, reconheço, mas tem graça e eu não resisto e o blog também é meu e prontos, não se discute mais isso)

A grande questão das próximas eleições autárquicas bracarenses é esta: preferem ter a presidente um gajo de Famalicão que se governa em Braga ou um gajo de Braga que se governa em Famalicão? :)

* título do post roubado ao 31 da armada

terça-feira, 14 de julho de 2009

800 11 10 09

Ligou para a linha do Provedor do Leitor do ruadosouto.blogspot.com. Seleccione umas das seguintes opções:


- pressione 1 no seu teclado para: dar uma sugestão ao provedor;
- pressione 2 no seu teclado para: colocar uma questão ao provedor;
- pressione 3 no seu teclado para: discordar do provedor;
- pressione 4 no seu teclado para: concordar com o provedor;
- pressione 9 no seu teclado para: dar um abraço ao provedor;
- pressione 0 no seu teclado para: ouvir de novo as opções;

...obrigado pela sua escolha” (imaginem tudo isto dito pela voz sensual de uma morena, ok).

Em primeiro lugar pressionei a tecla 9. Aqui vai um abração, meu caro Rui. Deste canto à beira-mar plantado e onde espero rever-te dentro de pouco mais de 1 mês. Folgo saber-te atarefado. Embora o custo de tanto trabalho seja a tua menor disponibilidade para dar uma volta na rua. Dito isto, agora vais levar porrada...
De seguida pressionei a tecla 3. Meu caro Provedor (abertas as hostilidades acabou-se o tu-cá-tu-lá). Em jeito de resposta à sua intervenção, infelizmente, sim. Muita coisa mudou. E muda todos os dias. Vivemos num mundo de mudanças. Onde a certeza de ontem é a duvida de hoje. Por isso temos uma capacidade que nos distingue dos outros seres vivos. A de pensar. E podermos julgar as coisas por nós e dos adaptar ás circunstâncias que a vida nos vai colocando. Por exemplo, o projecto que ontem nos oferecia a maior das certezas, hoje deixa-nos hoje, pelo menos, meditabundos. A mim pelo, menos. Embora seja totalmente critico a campanhas pessoais, que são muitas vezes injuriantes, mentirosas e traiçoeiras (como aliás temos uma experiência recente) a verdade é que esta questão da assessoria do Ricardo Rio à câmara de V. N. Famalicão, será aos olhos de muitos uma nódoa na sua honorabilidade e, muito para além disso, a possível ruptura com a postura de diferença com o candidato Mesquita Machado. E agora imaginem a satisfação de MM e do PS. Devem estar neste momento a dar pulos de alegria. Para eles a cereja em cima do bolo, seria agora uma decisão definitiva favorável (ao MM claro) da procuradoria em relação ao famoso “caso Mesquita Machado”.
Imaginem neste momento reverterem-se as posições. E que Ricardo Rio se arrisca a ser crucificado pelo MM e pelo PS aos olhos da opinião publica em vésperas das eleições.
Por isso as coisas mudam. Daí talvez, a nossa atenção ás alternativas (ou talvez não).
Quanto à utilidade do voto, essa já nos trouxe muitas surpresas no passado. No meu ponto de vista, o nosso voto só pode ser útil se pensar-mos que estamos a utilizá-lo correctamente. E não oportunamente. Mas este é o meu ponto de vista.
Quanto à colagem de qualquer outra possível candidatura no quadrante politico da coligação a um possível favor ao Partido Socialista, meu caro provedor, esse foi o argumento que figuras proeminentes do PPD/PSD lançaram logo após a derrota de Miguel Brito à concelhia do CDS/PP e, que todos nós logo catalogamos na hora, como uma facada pelas costas, um golpe baixo antecipado por forma a matar à partida qualquer alternativa que o Miguel Brito pudesse vir a significar. Agora, pergunto eu, o que mudou desde então?
Quanto ao quadro de bipolarização das autárquicas de Outubro. Bem, para além de um atestado de incompetência e de pouca inteligência a todas as outras forças presentes (e das poderão aparecer) à corrida de Outubro, parece-me no mínimo promiscuo. Pois se a esquerda em Braga pensar da mesma forma (pouco provável, mas...), nesse caso morrem logo à nascença quaisquer hipótese que a coligação pudesse ter. Como dizia o famoso politico (só por isto, enfim), neste caso é só fazer as contas.
Além de que muitos outros cidadãos, até do quadrante politico da coligação, podem não se rever nela. E existem muitos, mas muitos bracarenses apartidários, adversos a partidos. E talvez esses se revejam noutras propostas que possam surgir. E talvez também a pensar nestes valha também a pena propor algo para além da famigerada bipolarização.
Ou, mais simplesmente, porque é disso que falamos quando exercemos a democracia.
Quanto a bondade e politica. Bem meu caro provedor, estas são a meu ver, duas palavras que se devem evitar na mesma frase. Já tenho idade suficiente para não acreditar no... bem... pode ser no Pai Natal (ia dizer Sócrates...). Não sejamos hipócritas. Não agora. Não nunca.
Claro que argumentos satisfatórios e que façam eventualmente sentido dependem das propostas que possam surgir na corrida de Outubro. E também é bem verdade que satisfeitos e convencidos depende de cada um de nós. Pois o que pode ser um factor de decisão para mim, pode não passar de um simples pormenor para qualquer outra pessoa.
Acho por isso que no fundo, tudo isto se resumirá ao que cada um de nós decidirmos. Aquilo que quisermos acreditar. Aquilo que achamos que vale a pena lutar. No mais pleno de uso da democracia.
Mas escutei com atenção as suas preocupações. E com aquelas que partilhamos, escutarei com toda a certeza a sua opinião no futuro.
Por fim pressionei na tecla 4. Meu caro provedor. Agora um aparte nada a propósito (é só para aproveitar a ligação). Também acho. É preciso ter tomates.

Nota: agora para me gabar. Vocês viram o meu trocadilho com o número do provedor? Hã? Hã? Quem é fino? Quem é? 800 11 10 09 (as autárquicas são dia 11 de Outubro de 2009). Digam lá que não é o máximo? Digam lá... não? Mas vejam lá o trocadi... não interessa nada? OK.


Duração da comunicação: 5m23s - em 15/07/2009.
A Provedoria do Leitor do ruadosouto.blogspot.com agradece as suas sugestões.




Festival Ofir 2009!!!

Meu caro Rui... sempre pertinente!!

Meu caro... já tinha saudades de sentir essa acutilância que te caracteriza! De facto tens toda a razão... falta situar a peça no xadrez! 
Antes de mais dizer-te que a desculpa desta vez foi... pasme-se... "colocar a experiência de mais de trinta anos ao serviço do município!"... MEDO!!! PAVOR!!! Imagina aquela "experiência" toda colocada em quatro anos ao "serviço" dos "munícipes" de sempre. 
Como disse diversas vezes neste e noutros espaços, acredito que o Ricardo Rio é o rosto dessa mudança tão desejada... Mas discordo da vantagem dessa bi-polarização, ou pelos menos dos seus benefícios. Como tantas vezes conversamos á volta do tribunal, a verdade é que existe uma franja significativa de pessoas que não se identifica com os partidos, com os constrangimentos e limitações que trazem aos projectos políticos. A natureza de uma peça num xadrez que tem afastado cerca de trinta por cento dos eleitores no concelho de Braga nas sucessivas eleições autárquicas, leva-me a pensar que existe um espaço, uma voz a dar a quem não quer saber de azuis, laranjas ou rosas... de linhas A, B ou C e procura uma alternativa descomplexada, livre de qualquer corrente ou interesse e que possa falar e representar um público que pode encontrar a simbiose perfeita entre liberdade e projecto político. A verdade é que essa candidatura de homens e mulheres ex-partidos, ou simplesmente cidadãos comuns pode ser parte dessa alternativa, pode ser o pendão no xadrez político-partidário, aliás, pode ser o peão que ajuda a derrubar o rei. O eleitorado deste espaço político pode ser de direita, de esquerda ou simplesmente de nenhum dos lados e querer simplesmente participar na construção de uma cidade melhor, com o melhor da direita, o melhor da esquerda e com a livre e independente característica de quem não tem que dizer mal só porque está do outro lado. Esta foi, no fundo, a posição que sempre tivemos e á qual a coligação não conseguiu, nem consegue chegar. A ideia não é, como é evidente, ser parte do problema, mas sim parte da solução. A ideia é representar quem não vota em partidos porque o são, mas sim quem quer votar em soluções... em quem sabe que pode exercer com liberdade e sem constrangimentos partidários um papel nos destinos desta cidade... numa palavra... em quem nunca foi verdadeiramente de um partido, mas sim das pessoas. A ideia é uma coligação para além da Coligação. A Coligação Juntos por Braga tem a sua margem e quero, sinceramente, ver vencedora em 11 de Outubro. A ideia é uma coligação de pessoas e não de partidos, porque essa, está aí em força para ganhar e com o candidato melhor do que nunca! A ideia é dar voz e chamar esses trinta por cento que não querem partidos, mas que podem perfeitamente querer fazer parte da coligação de pessoas... 
Repito... ser a parte que falta da solução... essa é a natureza... que, digo com verdade, neste momento é apenas um ideia!

Agora um aparte

Sem retirar uma vírgula ao meu post anterior, e após uma leitura rápida das caixas de comentários, queria endereçar daqui os meus parabéns ao Miguel Brito... Porque é sempre de louvar que um político da oposição em Braga tenha tomates para almoçar com o Mesquita no Expositor!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O Provedor do Leitor (um ponto de ordem ao blogue)..

Da leitora Teresa Vaz recebemos o seguinte comentário: "Eu não sou filiada em nenhum partido mas leio sempre todos os blogs com interesse para perceber a diferença das pessoas e propostas.Não me importa se o Rio tem CDS ou não porque acho que ele é hoje o rosto da mudança de que Braga precisa. (...) A vocês pergunto: como é que numa disputa que vai ser feita voto a voto, podem explicar o desperdício dos vossos numa candidatura para alimentar egos e vaidades?"

Por sua vez, o leitor Luís Xavier deixou-nos a seguinte observação: "Aparentemente todos estão de acordo que o Ricardo Rio é o melhor candidato para a gestão da Câmara de Braga e que é o melhor rosto que alguma vez se apresentou na oposição ao mesquita. (...) Ainda assim (...) acham que é legítima a apresentação de outras candidaturas na área da Coligação e até poderão apoiá-la. Sem discutir as questões da legitimidade democrática, ficam-me sérias dúvidas quanto à bondade política e aos reais anseios de tal opção."

Peço desculpa, mas, sem querer estragar o jogo de xadrez nem o conto de fadas a ninguém, e por maior que seja o respeito e admiração que tenha por todos, alguém precisa de dizer isto: os comentários destes dois leitores são, pelo menos nesta fase, absolutamente pertinentes!

Por isso, sem saber ao certo, ainda, se existe ou não um quebra-cabeças nas eleições autárquicas em Braga, e falando bom português, tenho a declarar o seguinte:

1. Posso ter cara de miúdo, mas já vou tendo alguma intervenção no espaço público vai para dez anos (é verdade, o tempo passa mesmo depressa). Sempre fui oposição ao poder autárquico socialista e sempre defendi que a coligação forte da direita democrática é imprescindível para o futuro da minha cidade. Não o fiz sozinho, mas com algumas pessoas com quem tive a honra de estar no CDS ao longo destes anos. Há algo de novo que nos faça mudar de ideias?;

2. Como bem observa o Ramiro neste post, o duelo autárquico que se avizinha em Braga não traz surpresas e dele sairá um vencedor: ou Ricardo Rio, ou Mesquita Machado. Se o Ricardo Rio é o rosto da mudança, não deveria ser apoiado por todos os que querem mudança?;

3. Neste quadro de bipolarização (que, verdadeiramente, existe pela primeira vez em Braga em mais de trinta anos), por que razão é que o eleitor não há-de olhar para o aparecimento de uma candidatura indepentente do lado da oposição como um favor ao PS?;

4. Assim sendo, onde está a "bondade" do aparecimento de um novo projecto político?;

5. Ou se quiserem, em palavras mais meigas, por que carga de água é que os bracarenses que querem uma mudança política (tirando os indefectíveis do PCP e do Bloco) hão-de querer votar em qualquer outro projecto que não o que é encabeçado pelo Ricardo Rio (ainda que ele leve atrás um ou dois emplastros do CDS que ninguém conhece ou, pior ainda, que já se teve o infortúnio de conhecer?);

Num ponto concordo com os nossos leitores: não me parece que haja o mínimo de razoabilidade num projecto político independente à direita do PS - qualquer que ele seja e seja quem for que o encabece - que não consiga explicar, no actual momento, a razão de ser da sua "bondade política".

Dito de outra forma: não acredito - nem quero acreditar - que apareça qualquer nova candidatura sem que exista, pelo menos, uma boa resposta para estas questões. Não digo que não haja respostas (boas, até), apenas faço notar que essas respostas estão, até ao momento, por dar.

Por isso mesmo, gostaria, tal como os nossos leitores, que alguém - pelo menos, algum dos meus companheiros de blogue - me conseguisse dar um resposta satisfatória - ou, pelo menos, uma que faça sentido - a estas e outras questões. Isto é absolutamente imprescindível.

Ah, e ainda antes do Provedor do Leitor, uma pergunta (aparentemente insignificante, mas só aparentemente)

Como se percebe pelo meu post anterior, já chegou a Luanda a notícia de que Mesquita vai mesmo candidatar-se. A minha pergunta (aparentemente insignificante, mas só aparentemente) é sobre um pormenor que, infelizmente, ainda não me foi relatado: Qual foi a desculpa que ele deu desta vez?

Só mais uma coisinha antes de inaugurar o Provedor do Leitor...

Queria só pedir a todos os que estejam aí por Braga o favor de darem o seguinte recado ao João Granja, ao Jorge Cruz e ao Alexandre Praça, se os virem: O Rui Moreira pediu para avisar que já não se lembra se era suposto o ilustre painel residente do Praça do Município pagar-lhe uma jantarada se o Mesquita fosse candidato ou se foi só ele que se "atravessou"... Pelo sim pelo não, ele já vai dizendo que no dia 21 de Agosto está aí... e vem cheio de fome :)

O Rua do Souto inaugura uma nova rubrica intitulada: O Provedor do Leitor

Antes de mais, peço desculpa a todos por ter andado arredado das lides bloguísticas. O trabalho e a qualidade da internet de Angola têm-me impedido de vir cá com mais tempo. Mas registo com agrado que o Rua do Souto tem andado a fervilhar de intervenções. Por isso, quero saudar os nossos leitores.

De facto, cada vez mais pessoas lêem e comentam o Rua do Souto. E, nalguns casos, falam muito avisadamente e com assinatura, o que é sempre de louvar. É a dois desses leitores que hoje me dirijo (sobre as interessantes e variadas opções quanto ao modo como se processa a interacção entre os blogues e os seus leitores, esse é um tema muito interessante, que ficará para outro dia. Pessoalmente, opto por destacar os comentários assinados e que julgo pertinentes)

Alguém tem que fazer um ponto de ordem ao blogue. Vem já a seguir.

sábado, 11 de julho de 2009

O quebra-cabeças do momento


Neste momento paira um verdadeiro quebra-cabeças pela cidade. É com espanto - mas às tantas, e vistas bem as coisas, nem é assim tão espantoso – que aprecio o estado de “pânico” que a maioria das pessoas vê numa potencial candidatura independente ao nosso pequeno burgo. Provavelmente, esse “pânico” ou “estranheza”, deve-se ao facto de na prática, a aplicabilidade da genuinidade dos princípios democráticos nunca terem sido verdadeiramente postos em prática após o antigo regime, já que transitamos de um regime para outro. E andamos nisto há décadas… Causando inquietude uma hipotética candidatura de um Homem Livre.

O que vos leva às tremuras se existir outra candidatura? Será pelo facto de a pessoa de quem se tem falado ter potencial, ser capaz, e ser uma verdadeira mais-valia para a cidade?! E se é assim, por que raio foi abafado nas alturas em que devia ter sido utilizado todo o seu potencial e todos os seus atributos?

Outro motivo que vejo para este fenómeno, é excessiva relação umbilical – e digo umbilical para não ser deselegante com uns quando sujeitos - que há em torno da Bimby partidária, onde é só meter lá para dentro e sai o belo do repasto. É certo que isso é bem mais prático, bem mais rápido, e quase que não suja louça. Mas de que serve isso se depois ficam obesos, preguiçosos, e agarrados no sedentarismo? E ainda acrescento: e se a Bimby avaria, ou se falha a luz? Passam fome?!

Já ouvi e li inúmeras teorias sobre os perigos que uma virtual candidatura independente. No entanto, e apesar de algumas delas terem cabimento, apenas alerto para o seguinte: a vida é um todo indivisível. E não é por se especular o que se supõe que o jogo está acabado. Pensem e olhem para além do óbvio! Num jogo de xadrez, assim como no famoso cubo de Rubik, para chegarmos ao final precisamos de temperança e de uma estratégia. Por isso, e obviamente sem descurar o tipo de caminho, o objectivo é o mesmo! Fazer de Braga a melhor das cidades! Espero eu que assim seja... E que me perdoem todos aqueles que não são bracarenses, mas eu quero que a minha cidade seja melhor que todas as outras.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ele é candidato...DAH!!!!


Tal como já havia dito neste espaço, bem como em artigo publicado no Jornal Diário do Minho, Mesquita Machado anunciou a sua candidatura á Câmara Municipal de Braga, nas autárquicas 2009. DAH!!! Que novidade!!! O que mais me intriga é que ele conseguiu mesmo o impacto que pretendia...viram-se publicações em jornais locais a questionar a sua candidatura...eu disse logo na altura: Ele já é candidato desde 2005. A teia que criou á sua volta, os interesses, as dependências financeiras, os esquemas mal explicados mas que sustentam muitas famílias de Braga...grande parte dos quais anda a passear em grandes máquinas e a viver em grandes casas, não lhe permite colocar sequer a hipótese de não ser candidato. Já não é uma questão de querer...mas sim de poder. Este é o mandato que MM pretende que seja de limpeza...de reorganização porque certo é que em 2013 não poderá ser candidato e aí o inquilino da Praça do Município pode não ser do seu controle. Há que apagar os rastos, os vestígios...há que preparar a Câmara para uma transição inevitável...como disse...ele tem de ser candidato! Problema é se o povo o tira de lá já este ano...vamos por mãos á obra para que isso aconteça

sábado, 4 de julho de 2009

Dia Nacional da Luta Contra a Paramiloidose - 16 de Junho

Ontem foi um dia pelo qual muito lutei. Um dia, pelo qual um grupo exemplar de pessoas, a maioria anónima e completamente voluntariosa, se dedicaram de corpo e alma durante mais de um ano. E ao qual aplicaram os seus esforços, que permitiram que fosse apresentada na Assembleia da Republica em Dezembro de 2008 uma petição em nome da Associação Portuguesa de Paramiloidose com cerca de 7.000 assinaturas em que se pedia a institucionalização do Dia Nacional da Luta Contra a Paramiloidose no dia 16 de Junho, em homenagem ao professor Doutor Corino de Andrade.

Foi votado por unanimidade no parlamento e aprovada pelo Governo uma recomendação do grupo parlamentar do PCP, que visa instituir o dia 16 de Junho como o Dia Nacional da Luta Contra a Paramiloidose.

Não podia deixar de mencionar este facto. A institucionalização deste dia, permitirá uma forma de sensibilizar e divulgar uma doença rara, que afecta cerca de um milhar de famílias em Portugal e que permanece praticamente desconhecida, mesmo dentro da classe dos profissionais de saúde.

Ao grupo parlamentar do PCP os nossos agradecimentos pelo facto de apresentarem esta recomendação que permitiu que o pedido efectuado em Dezembro de 2008 na A.R. fosse desbloqueado e finalmente aprovado.

Ver mais.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

MUuuuuuuuuu......











No comment...

Ver também:
publico.pt

Reabertura Pacha Ofir

















Este fim-de-semana 4 de Julho, não perca a reabertura do Pacha de Ofir para este verão. Há muitas novidades, desde espaços diferentes, decoração nova e novidades ao nível da programação...apareçam!!!!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Isto não é porreiro pá!

No mês do S. João de Braga a azáfama na cidade, sobretudo no seu coração faz sempre parte da festa. A decoração da Avenida da Liberdade e áreas adjacentes, a instalação das tradicionais diversões na zona exterior do Parque de Exposições de Braga, as farturas, o pão com chouriço e, como não podia deixar de ser, as barraquinhas de venda ambulante. É nestas últimas que reside o tema desta crónica.

Naturalmente, a cidade pede aos habitantes destas zonas mais centrais o sacrifício de suportarem uma movimentação e ruído fora do normal nesta época do ano, no fundo para que toda a cidade possa usufruir desta festa tão única e tradicional dos bracarenses. Cabe á Câmara Municipal de Braga a coordenação e definição territorial dos espaços e dos equipamentos instalados nos mesmos. Aquilo que aconteceu neste ano foi deveras exorbitante e ainda por cima, justificado pelo capricho do Sr. Presidente da Câmara de inaugurar o túnel nesta época. A tradição tem a sua importância e por isso mesmo, manda a tradição que as barraquinhas de venda ambulante sejam colocadas ao longo da Avenida da Liberdade porque lá é que se passa a festa, lá é que a multidão comemora o S. João, com ou sem túnel. A colocação das barraquinhas na Avenida central, dispersas e quase que despejadas de forma aleatória só aconteceu porque sua Excia. o Eng. Mesquita Machado continua a não distinguir as festas do S. João, do período de pré-campanha eleitoral. Pois, é que bastava ter tido o cuidado de planear a intervenção naquela zona com mais cuidado e mais preocupação com os bracarenses e menos com a sua reeleição e quando foi necessário o espaço para montar as referidas barraquinhas, ele estaria disponível e desimpedido. Não sei se o receio de que destruíssem as flores, ou apenas o ego incomensurável de alguém que há muito deixou de respeitar a coisa pública e passou a confundi-la com a coisa privada, sobretudo com a sua própria, levaram a que o caos fosse instalado nas festas mais tradicionais e míticas da cidade. Fica aqui a lição, exmos. Sr. Presidente da Câmara, lamento a desilusão que lhe vou criar mas Braga ainda não é o seu quintal...bem sei que ás vezes parece...mas não é.

Numa outra perspectiva e ainda relacionado com as barraquinhas, assistimos a uma situação realmente constrangedora para quem vive num estado de direito e que conta com as forças de segurança e fiscalização para garantir uma coisa que muitos não dão valor, mas cuja importância económica é vital: a marca.

Não é aceitável que se suba a avenida por um lado e se desça pelo lado oposto e se assista a um rol infindável de contrafacção á venda de forma desinibida, com as autoridades policiais ali á beira, como se nada fosse. A marca e os direitos de imagem são um património vital para as empresas e respectivo produtos. As economias paralelas, de cópias que não respeitam estes direitos básicos de quem cria, têm efeitos muitas vezes devastadores para as empresas que produzem e comercializam os produtos originais. Já para não falar na qualidade que coloca a marca num patamar muitas vezes incomparável.

Para que se perceba melhor eu passo a explicar. O processo que criação e fabrico de produtos custa muito dinheiro, faz parte do investimento suportado pelo empresário para se lançar no mercado e criar o seu próprio carácter distintivo da concorrência. Este património é um factor vital na economia, sobretudo nos dias de hoje com a concorrência feroz a que assistimos á escala global. Uma das apostas inequívoca dos governos, quer de direita quer de esquerda é a marca portuguesa. Claro que uns fazem-no com produtos obsoletos como o Magalhães...mas o princípio é o mesmo, a execução é que é diferente.

É de facto ridículo que a ASAE que tanto aparato usa para, muitas vezes, fazer intervenções despropositadas e completamente empaladas, não tenha aqui uma intervenção de fundo. É que estes comerciantes alugam os espaços e não são sujeitos a qualquer inspecção dos produtos que vendem. Hoje em dia em Portugal fecham-se espaços a torto e a direito, arruínam-se negócios, aparecem senhores de metralhadora á porta das empresas para verificar tudo e mais alguma coisa e depois qualquer comerciante ambulante vai para a rua, instala-se, paga a licença e comercializa apenas produtos de contrafacção. Onde anda a ASAE? A fumar charutos nos casinos, a fechar espaços centenários ou apenas a dar espectáculo para inglês ver? Esta é uma situação completamente absurda e a Câmara Municipal de Braga que licencia os espaços tapa os olhos e finge que não é nada com ela...

Usando o vocabulário do Sr. Primeiro-Ministro...isto não é porreiro pá!

 

Ramiro Brito

In Diário do Minho de 30/06/2009