sexta-feira, 24 de abril de 2009

Mais uns trocos para pagar as custas...

O assunto é sério. Mas tem que ser levado com humor. Para evitar chorar.

Bem. Pelos vistos a justiça do Estado tira e o Estado repõe. O estado vai juntar aos 50.000€ de indemnização aos familiares das vitimas do acidente o valor respeitante ao pagamento das custas que lhes foram atribuídas pelo processo.
Como um pai responsável pelo seu filho que acabou de tirar um chocolate ao colega na escola, o pai vem agora devolver ao colega o respectivo chocolate.
Reparem, eu respeito a separação do poder judicial e do Estado. Mas a verdade é que aqui não existe intromissão na justiça. mas sim no preço que a justiça do estado cobra aos cidadãos que muito bem se sentem injustiçados.
E esta mesma justiça não consegue encontrar culpados. O que aliás é normal. A ponte caiu. Não foi atentado, não foi catástrofe natural, não foi nada. Então porque caiu? Apeteceu-lhe? Achou que estava cansada, lhe doiam as fundações, a ciática apertava e simplesmente parou?
Pois. Não foi falta de manutenção, não foi por tirar areia do rio, não porque a corrente do rio foi mais do que uma ponte deveria aguentar.
Então. Nada? Ninguém?
Bem, ao menos já não vão pagar nada.
Abençoado pai. O chocolate até era bom... Pudera. Custou umas dezenas de milhar...

Famílias das vítimas da tragédia de Entre-os-Rios congratularam-se com a decisão

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A entrevista de José "Calimero" Socrates




José "Calimero" Socrates






Foi tão má, mas mesmo tão má, que o que me ocorre e apetece dizer sobre esta entrevista é:

- blá, blá, blá, Whiskas, blá, blá, blá...
- blá, blá, blá, Whiskas, blá, blá, blá...
- blá, blá, blá, Whiskas, blá, blá, blá...

Tenham paciência. Vejam, ouçam ou leiam. E tirem as vossas próprias conclusões. Eu tenho que ter muito cuidado. Tenho "maus fígados"...


Artigos relacionados:

Entrevista à RTP1
Jornal Expresso
Jornal Público
O que se disse no Twitter

sábado, 18 de abril de 2009

A Justiça, além de cega...

Ponte de Entre-os-Rios
Realmente.
Para além de a culpa, como é aliás costume por cá, morrer sempre solteira, ainda por cima obriga os cidadãos, que perderam familiares e amigos no acidente da queda da ponte de Entre-os-Rios, a pagar as custas da acção que moveram, para, coitados deles crentes, tentarem levar alguém a ser responsável pelo factores que originaram o acidente.
Aliás, bem vistas as coisas, estas custas devem funcionar, talvez, como uma espécie de indemnização ao Estado. Sim, leram bem. Pois quem mandou aos familiares e amigos destes agora penalizados cidadãos contribuir para a destruição de património do Estado.

Obviamente que tudo isto é simplesmente ultrajante. Não admira que exista este sentimento generalizado de descrédito na justiça. Pergunto porque será. Não admira que cidadãos transponham para si aquilo que com toda a facilidade vêm os Estado fazer. Fechar os olhos, tapar os ouvidos, olhar para o lado e sair de fininho a assobiar. Pois se depois ninguém acarreta com as consequências. É assim na justiça, é assim o Estado. Valha-nos Deus de ser apanhados por esta teia.

Claro que estes familiares das vitimas do acidente de Entre-os-Rios não devem pagar qualquer custas judiciais. Já chega a humilhação de sequer admitir fazê-lo.

Perguntarão então, o que deverá então ser feito noutros casos semelhantes. Porque afinal não se pode por um preço no sofrimento de uns cidadãos comparativamente com outros. Pois em minha opinião, sempre que estiver em causa o dever do Estado supervisionar (dever de supervisionar? onde é que já ouvi isto antes? hum...) e de zelar pelo bem-estar e segurança de todos os cidadãos e falhar, claro.
Porque afinal é assim que o Estado procede para com os cidadãos. Falha, paga. Pois então.

Ver também:
Estado deve arranjar solução

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Perguntar não ofende...

Já que a malta anda toda tão opinativa e até já se fazem pacotes de incompatibilidades ad hominem, alguém poderia por favor, esclarecer-me sobre o seguinte:

O Sr. Domingos Névoa foi condenado*

1. Quando?

2. Como?

3. Onde?

4. Por quem?

5. Porquê?

*por "condenado" entenda-se, como é evidente, declarado culpado da prática de um ou mais crimes por uma decisão judicial transitada em julgado.

E se o tabu não é só o tabu do costume?

(Publicado no Diário do Minho de 07.04.2009)
Ando há quase quatro anos a dizer que o tabu de Mesquita Machado – é ou não candidato à Câmara em Outubro? - não tem ponta por onde se lhe pegue, mas confesso que já não tenho tanta certeza. Atravessei-me nas previsões e agora mordo a língua. Penso duas vezes…

O povo costuma dizer que à terceira só cai quem é parvo, e eu gosto pouco de passar por parvo. Assim sendo, via o tabu deste ano como o de há quatro anos, ou o de há oito anos. Tinha por seguro que, no momento certo, apareceria algum projecto a fazer as vezes do Estádio, ou do Euro, ou do Parque Norte, justificando a ambição de um “último” e “marcante” mandato, ditado por ponderosas razões de “amor” ou coisa que o valha.

Todavia, o que se tem visto nos últimos meses não é normal em Braga. Ou, pelo menos, não costumava ser. Vejamos: eu nunca tinha visto o PS perder uma votação importante na Assembleia Municipal de Braga, mas este ano já vi; também não me lembro de, jamais, um órgão de comunicação social ter-se debruçado sobre a fortuna de alguns dirigentes bracarenses com o destaque que o Correio da Manhã deu ao tema recentemente.

Mas há mais. Nunca a sensação de que Mesquita poderia perder as eleições teve tanto eco como este ano, quando obrigou o PS a divulgar, muito a contragosto, a sua sondagem. Acresce que não é hábito, em Braga, os detentores de cargos de nomeação política ensaiarem manobras pré-eleitorais para precaver a eventualidade de os respectivos padrinhos perderem nas urnas. Bem vistas as coisas, os sinais de que algo estava a mudar já andavam por aí há algum tempo.

No entanto, o modo como o PS nacional tirou o tapete a Mesquita na questão da nomeação de Domingos Névoa para Presidente do Conselho de Administração da Braval é toda uma moção de estratégia e, como tal, deve mesmo fazer-nos pensar. Mas, afinal, o que significam os ataques socialistas à maioria socialista na Câmara de Braga? O PS nacional virou Bloco? Manuela Ferreira Leite anda a morder os calcanhares a Sócrates? É desta que Manuel Alegre faz um novo partido? Ou, simplesmente, será Santos Silva o primeiro abutre rosa a pairar sobre o corpo moribundo do poder bracarense?
Confesso que esta sucessão de acontecimentos me causa alguma perplexidade. Perplexidade essa que apenas se agiganta ao constatar que, em pleno mês de Abril de 2009, o tabu ainda não se desfez – quando todos, mesmo os socialistas, afirmavam que o candidato seria anunciado no primeiro trimestre deste ano. E, como se tudo isto não bastasse, não se vislumbra uma aposta simbólica, um desígnio, uma desculpa, um pretexto decente, nada, absolutamente nada que possa justificar a enésima última candidatura de Mesquita Machado à Câmara Municipal de Braga. Será que desta vez o tabu é para levar a sério?
Ora, aqui há tempos, durante uma participação que tive no programa “Praça do Município”, da Rádio Universitária do Minho, apostei com o João Granja (PSD), com o Jorge Cruz (PS) e com o Alexandre Praça (jornalista) que lhes pagava um jantar se Mesquita não fosse candidato à Câmara em 2009. Hoje, estranhamente, dei por mim a pensar onde é que se poderia realizar esse repasto. E, desde já, declaro publicamente o seguinte: se, contra todas as expectativas, eu vier mesmo a ter que pagar essa jantarada, que me perdoem os proprietários, funcionários, cozinheiros e clientes de todos os belíssimos restaurantes de Braga (que são bastantes), mas eu não resisto à tentação de levá-los… ao Expositor, pois claro!...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Porque há coisas na vida...



Porque há coisas na vida pelas quais vale a pena despender cinco minutos.
Porque há coisas na vida que não podemos deixar passar ao lado.
Porque há coisas na vida que nem todo o dinheiro pode comprar.
Porque há coisas na vida que nos fazem gostar cada vez mais de viver.
Porque há coisas na vida...

E façam o favor de ser muito felizes.